Os principais bancos do país anunciaram cortes em suas taxas de juros dos empréstimos assim que o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a redução da taxa básica Selic em 1 ponto percentual, de 11,25% para 10,25% ao ano. As reduções, porém, são pequenas em relação à taxa cobrada, uma vez que o custo do crédito embute diversos outros fatores além do juro básico da economia, entre eles a taxa de inadimplência, que segue elevada, além de impostos e custos operacionais. Especialmente nas linhas mais fáceis de usar, como cheque especial e cartão de crédito, os juros seguem elevados, superando os 13% ao mês.

No caso do Bradesco, o banco diz que reduzirá as taxas de juros de suas principais linhas de crédito a partir de segunda-feira, 5 de junho, acompanhando a decisão do Copom. A taxa mínima de cheque especial cairá de 9,57% para 9,49% ao mês, enquanto a máxima, de 13,41% para 13,33% ao mês. Já a taxa mínima de juros de crédito pessoal será reduzida de 1,75% para 1,67% ao mês, e a máxima de 7,58% para 7,50% ao mês.

Para as empresas, além do repasse integral da queda da Selic em todas as carteiras de desconto de recebíveis, as linhas de conta garantida, capital de giro e cheque especial também serão reduzidas, diz o banco, sem citar as taxas.

O maior banco do país, o Banco do Brasil, também anunciou a redução dos juros para pessoas físicas e pequenas e médias empresas, com destaque para o parcelamento do cartão. O banco divulgou uma tabela com as novas taxas, sem os juros do cheque especial para pessoas físicas, só para empresas, cuja taxa máxima cairá de 13,55% para 13,50%. Mas o juro para pessoas físicas deve estar perto desse percentual.

Já o Itaú Unibanco, sob nova direção de Cândido Bracher, não informa suas novas taxas, mas garante que vai repassar integralmente o corte da Selic. Segundo Bracher, “a queda da taxa básica de juros, resultado da baixa consistente da inflação e da maior confiança gerada pelas reformas, permite que continuemos a reduzir a taxa de juros para nossos clientes”.