• O lucro líquido recorrente do ABC Brasil (BOV:ABCB4) foi de R$ 111,2 milhões, uma alta de 16,3% ante o primeiro trimestre de 2016. O ROAE recorrente foi de 15,1% ante 15% no ano passado. Já a inadimplência acima 90 dias foi de 0,7% ante 1,2% de março de 2016. A provisão para devedores duvidosos foi de R$ 57,9 milhões ante R$ 48,9 milhões no ano anterior.
• A Ambev (BOV:ABEV3) registrou lucro consolidado de R$ 2,28 bilhões no primeiro trimestre de 2017 (-20,9% em 12 meses).
• O lucro líquido da Arezzo (BOV:ARZZ3) subiu R$ 22,2 milhões no primeiro trimestre de 2017, alta de 51,1% na comparação anual. A receita líquida alcançou R$ 297,2 milhões, aumento de 15,4%. Já o lucro bruto da companhia somou R$ 130,1 milhões, com crescimento de 16,4% na base anual e margem bruta de 43,8% (expansão de 40 bps). O Ebitda, por sua vez, totalizou R$ 36,0 milhões com crescimento de 36,8% ante o primeiro trimestre de 2016 e margem de 12,1% (expansão de 190 bps); A Arezzo terminou o trimestre com o crescimento de 2,7% da área de lojas nos últimos doze meses.
• A Azul (BOV:AZUL4) vai disponibilizar tarifas com até 30% de desconto para clientes que partirem de Viracopos para 14 destinos pelo País e que não despachem bagagens.
• A CVC (BOV:CVCB3) comprou 90% do capital social da Check In Participações, que atua na intermediação de hotéis nacionais e internacionais, por R$ 258,80 milhões.
• O Facebook (BOV:FBOK34) registrou lucro líquido de US$ 3 bilhões no primeiro trimestre deste ano, crescimento de 76,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.
• O grupo siderúrgico Gerdau (BOV:GGBR4) teve prejuízo líquido ajustado de 34 milhões de reais no primeiro trimestre, revertendo resultado positivo de 14 milhões obtido no mesmo período de 2016. A empresa apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 853 milhões de reais de janeiro a março, 8,3 por cento menor ante igual intervalo um ano atrás. A companhia informou ainda no balanço que projeta investimentos da ordem de 1,3 bilhão de reais em 2017.
• • A Guararapes (BOV:GUAR3) inaugurou o e-commerce das Lojas Riachuelo após um período de testes, informou a companhia em comunicado ao mercado.
• A Locamerica (BOV:LCAM3) viu seu resultado mais que dobrar, registrando lucro consolidado de R$ 12,44 milhões no primeiro trimestre de 2017 (+126,2% em 12 meses).
• A Orascom, do empresário egípcio Naguib Sawiris, prorrogou novamente, até junho deste ano, a validade das suas sugestões para um plano alternativo de recuperação judicial da Oi (BOV:OIBR4).
• A Polícia Federal lançou hoje pela manhã a 40a. fase da Lava Jato, batizada de Asfixia. A operação tem como objetivo cessar fraudes e desvios de recursos públicos em áreas da Petrobras (BOV:PETR4) destinadas a produção, distribuição e comercialização de combustíveis. A PF cumpre quatro mandados de prisão, cinco mandados de condução coercitiva e dezesseis de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
• A Profarma (BOV:PFRM3) não conseguiu reverter perdas e registrou prejuízo consolidado de R$ 27,12 milhões no primeiro trimestre deste ano.
• A RD (BOV:RADL3) teve a recomendação reduzida de outperform para neutro pelo Bradesco BBI, com o preço-alvo sendo reduzido de R$ 78,00 para R$ 76,00.
• A Suzano (BOV:SUZB5) registrou lucro consolidado de R$ 450,14 milhões no primeiro trimestre de 2017 (-60% em 12 meses).
• A Totvs (BOV:TOTS3) registrou lucro consolidado de R$ 30,16 milhões no primeiro trimestre de 2017 (-39,4% em 12 meses).
Bolsas mundiais
As bolsas europeias registram um dia de alta de olho na temporada de balanços, com destaque para o resultado acima da expectativa de grandes empresas como o HSBC no primeiro trimestre, além de repercutir o debate presidencial entre Marine Le Pen e Emmanuel Macron na França. O candidato centrista foi considerado “mais convincente” que sua rival no debate, de acordo com 63% dos entrevistados ouvidos pela emissora “BFMTV”. O mercado também repercute o Fomc, que manteve os juros na tarde de ontem e sinalizou para duas altas ao longo de 2017.
Já na Ásia, os mercados acionários da China ampliaram as quedas nesta quinta-feira, fechando nas mínimas de três meses, depois que uma pesquisa que mostrou uma atividade mais fraca do setor de serviços levantou preocupações sobre os crescentes riscos econômicos. O crescimento do setor de serviços da China foi o mais fraco em quase um ano em abril, com os receios de um crescimento econômico mais lento prejudicando a confiança das empresas, mostrou a pesquisa PMI. A maioria das outras bolsas asiáticas também recuou, acompanhando a sessão fraca em Wall Street.
No mercado de commodities, os metais em Londres ampliam queda e minério cai em Dalian, fustigados pelos estoques elevados de cobre, receios sobre demanda na China e fortalecimento do dólar. Vale ressaltar que, na última quarta-feira, o cobre teve a sua pior sessão em 19 meses, ao cair 3,49% em meio às preocupações sobre o crescimento chinês. O petróleo também retoma queda com alta da produção dos EUA.
Desempenho dos principais índices:
Ibovespa (Brasil) -0,98%
Dow Jones (Estados Unidos) -0,15%
Nasdaq Composite (Estados Unidos) -0,09%
FTSE 100 (Reino Unido) -0,10%
DAX Index (Alemanha) +0,79%
Cac 40 (Reino Unido) +1,1%
Nikkei 225 (Japão) +0,70%
Commodities:
Ouro -0,99%
Prata -1,49%
Cobre -0,83%
Petróleo -2,19%
Petróleo Brent Crude -2,10%
Um pouco de política
O mercado também deve reagir à aprovação do texto-base do projeto de reforma da Previdência na comissão especial por 23 votos a 14, quatro votos a mais do que o mínimo de 19. O governo obteve 62% dos votos da comissão; em plenário, serão necessários 60%, ou 308 de 513. Porém, este placar não significa vida fácil para o governo, conforme aponta reportagem da Reuters: mesmo com o placar desta quarta na votação do texto-base, a avaliação de parlamentares tanto aliados, quanto da oposição, é que no momento o governo não tem os votos necessários para ter a proposta aprovada.
Vale destacar que a sessão da comissão foi interrompida durante a votação dos destaques em meio à invasão de um grupo de agentes penitenciários. Com isso, a sessão só deve ser retomada na terça-feira (9). Antes, o presidente do colegiado, Carlos Marun (PMDB-MS), quer discutir a questão de segurança da Casa.
O noticiário sobre a Operação Lava Jato também é movimentado. Nesta manhã, a Polícia Federal (PF) deflagrou a 40ª fase da Operação, chamada Asfixia. A ação tem como alvo empresas e seus respectivos sócios suspeitos de envolvimento em um esquema de repasses ilegais de empreiteiras para funcionários da Petrobras na obtenção de contratos. De acordo com a PF, estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva, dois de prisão temporária e cinco de condução coercitiva nos estados do Rio de Janeiro, de São Paulo e Minas Gerais.
Atenção ainda à repercussão da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin de que o mérito do habeas corpus do ex-ministro Antonio Palocci será julgado pelo plenário do STF. Fachin tomou a decisão após rejeitar, na tarde de ontem, pedido de liminar para soltar o ex-ministro, preso em setembro do ano passado na Operação Lava Jato. Fachin tinha sido voto vencido na 2ª turma do STF em decisão que libertou o ex-ministro José Dirceu e aumentou os rumores de que Palocci poderia desistir de uma delação premiada. Contudo, a colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, aponta que a decisão do Supremo de soltar presos como Dirceu e Eike Batista dificilmente alterará a disposição de Palocci de fazer delação premiada. Criminalistas próximos a ele dizem que o ex-ministro deve seguir nas negociações com a Lava Jato. A colunista também informa que, na próxima sexta-feira (5), Renato Duque, ex-diretor da Petrobras ligado ao PT, deve mirar em Lula no depoimento que dará a Moro.
Agenda de indicadores
Os destaques domésticos ficam com os PMIs de Serviços e Composto do Brasil, às 10h, e o leilão tradicional de LTN e LFT que o Tesouro Nacional realiza, às 11h30. Nos Estados Unidos, atenção para a balança comercial de março e os números de pedidos de auxílio-desemprego, às 9h30, e as encomendas à indústria, às 11h.
Entre os dados já divulgados, o PMI composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços, subiu para 56,8 em abril, de 56,4 em março, atingindo o maior nível em seis anos, segundo dados finais publicados pela IHS Markit. O resultado veio um pouco acima da expectativa de analistas consultados pela Dow Jones Newswires e da estimativa prévia de abril, que eram de 56,7 em ambos os casos. A leitura acima da marca de 50,0 também marcou o 46º mês consecutivo de expansão da atividade no bloco.