A primeira-ministra britânica, Theresa May, se comprometeu nesta segunda-feira (8) a incluir dentro do programa eleitoral do Partido Conservador de 2017, que será publicado na próxima semana, o compromisso de reduzir a migração líquida a “dezenas de milhares” de pessoas. A informação é da Agência EFE.
Em um discurso de campanha feito em Londres perante as eleições gerais de 8 de junho, a líder destacou a importância de atingir esse objetivo por conta da pressão que a imigração acrescentou aos serviços públicos deste país.
“Acredito que é importante que continuemos, e continuaremos, dizendo que queremos fazer a migração líquida chegar a níveis sustentáveis”, argumentou May.
A dirigente conservadora considerou que um nível sustentável situaria a cifra da migração líquida neste país em “dezenas de milhares” de pessoas.
“E certamente, uma vez que deixemos a União Europeia (UE), teremos a oportunidade de assegurar que temos o controle de nossas fronteiras no Reino Unido, porque poderemos estabelecer nossas regras”, disse.
Segundo May, “essa é uma parte que não pudemos controlar antes e que poderemos controlar”, uma vez que este país se desvincular do resto dos 27.
“Deixar a UE faz com que já não haja livre circulação como no passado”, insistiu.
A primeira-ministra convocou inesperadamente eleições gerais antecipadas para 8 de junho – ao invés de esperar a 2020, a próxima reunião eleitoral – com o argumento de que este país precisa de uma liderança sólida em relação com as negociações com Bruxelas.
Em seu comparecimento, May disparou contra a complacência do eleitorado, apesar das últimas pesquisas outorgarem a seu partido uma ampla vantagem frente aos trabalhistas.
“Quantas vezes nos últimos anos as pesquisas estavam erradas? Se equivocaram nas eleições de 2015. Se equivocaram com o referendo da UE”, alertou.
“Um voto a meu favor e de minha equipe é um voto para assegurar uma liderança sólida e estável perante o ‘brexit’ e além”, afirmou a primeira-ministra, ao mesmo tempo que disse que uma vitória tory se traduziria em “segurança econômica para todo o país”.
A líder conservadora advertiu que seu partido não deve agora “dar nada por feito” e de que só “trabalhando no limite máximo, a cada dia, desde agora até 8 de junho”, sua formação poderá “ganhar a confiança dos britânicos e atingir seu apoio o dia das eleições”.