A Petrobras (BOV:PETR4) anunciou hoje que vai reduzir o preço médio nas refinarias da gasolina em 5,4% e do diesel em 3,5%, conforma a nova política comercial da estatal. Como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas pela Petrobras nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Isso depende de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis, especialmente distribuidoras e postos revendedores.
Mas, se o ajuste feito hoje for integralmente repassado e não houver alterações nas demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, o diesel pode reduzir 2,2%, ou cerca de R$ 0,07 por litro, em média, e a gasolina, 2,4% ou R$ 0,09 por litro, em média.
A decisão foi guiada predominantemente por um aumento significativo nas importações no último mês, o que obrigou ajustes de competitividade da Petrobras no mercado interno. Conforme princípio da política em vigor, a participação de mercado da empresa é um dos componentes de análise considerados.
A importação de gasolina por terceiros para o mercado interno aumentou de 240 mil metros cúbicos em fevereiro para 419 mil em abril, com previsão de manutenção em torno deste nível em maio. No diesel a importação saiu de 564 mil metros cúbicos em fevereiro para 811 mil em abril e previsão de mais de 1 milhão de metros cúbicos em maio. Com isso, as refinarias da Petrobras podem chegar a um fator de utilização abaixo do último dado divulgado pela companhia em seus resultados trimestrais, que foi de 77%.
Neste cenário, os fatores relacionados ao preço dos derivados no mercado internacional e a oscilação da moeda nacional também foram avaliados pelo grupo que define os preços e os novos preços continuam com uma margem positiva em relação à paridade internacional, conforme princípio da política anunciada, e estão alinhados com os objetivos do Plano de Negócios 2017/2021.
O comitê executivo avaliou ainda que a política de preços com correções pelo menos mensais, embora um avanço significativo em relação ao sistema anterior, não tem refletido tempestivamente as volatilidades de preços de internacionais de derivados e câmbio entre as datas dos reajustes, fato agravado pelo acréscimo recente na volatilidade da taxa de câmbio. Esta constatação tem crescentemente sido parte das discussões do GEMP e pode fundamentar aumentos na frequência dos ajustes de preços.
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