As empresas que contraírem empréstimos e financiamentos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) continuarão a pagar juros de 7% ao ano até setembro. O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu não alterar a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) para o próximo trimestre.
A cada três meses, o CMN fixa a taxa para o trimestre seguinte. O órgão é formado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e pelo ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.
No trimestre passado, a TJLP tinha caído por causa da redução da taxa Selic, juros básicos da economia. Atualmente em 10,25% ao ano, a Selic caiu quatro pontos percentuais nos últimos dez meses, abrindo espaço para o corte ao não aumentar as pressões sobre o Tesouro Nacional, que cobre a diferença entre a taxa subsidiada dos financiamentos do BNDES e os juros de mercado.
Criada em 1994, a TJLP é definida como o custo básico dos financiamentos concedidos ao setor produtivo pelo BNDES. Em janeiro de 2013, a taxa tinha sido reduzida para o menor nível da história, em 5% ao ano, como medida de estímulo à economia.
A TJLP aumentou para 5,5% ao ano em janeiro de 2015, 6% em abril, 6,5% em julho, 7% em outubro e 7,5% em janeiro de 2016, sendo mantida nesse nível até março deste ano. Em abril foi reduzida para 7% ao ano.
De acordo com o Ministério da Fazenda, o valor da TJLP leva em conta dois fatores, o centro da meta de inflação, atualmente em 4,5%, mais o Risco Brasil, indicador que mede a diferença entre os juros dos títulos brasileiros no exterior e os papéis do Tesouro norte-americano, considerados o investimento mais seguro do mundo.
Em nota, o Ministério da Fazenda informou que a taxa foi mantida porque a média diária dos índices que medem o Risco Brasil no mercado internacional não mudou no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior.
Compartilhar: Twitter e Facebook