O diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, alertou para o risco de o crescimento da dívida bruta do governo comprometer o resultado do produto interno bruto (PIB) brasileiro. O Relatório de Acompanhamento Fiscal de junho, divulgado nesta segunda-feira, indica que, em abril, a dívida chegou a R$ 4,55 trilhões, cerca de 71% do PIB.
— A dívida pública vem crescendo muito e, se as reformas e as mudanças estruturais não forem aprovadas, com impacto importante sobre o gasto obrigatório, facilmente nós vamos migrar para um cenário pessimista, em que a dívida estoura. Quer dizer, ela continua a crescer de maneira permanente até 2030 — afirmou Salto.
Ele e os demais economistas da IFI apresentaram três projeções sobre a dívida bruta do governo até 2030. Na visão mais otimista, a dívida ocuparia 53% do PIB, enquanto em um cenário pessimista esse índice poderia chegar a 124%. Atualmente, a dívida compromete 47% do PIB.
Outro tema trazido pela IFI é o alto nível de taxação da economia. O diretor-adjunto da instituição, Gabriel Leal de Barros, aponta que a atividade econômica do país é prejudicada pela excessiva carga de impostos e pela alta burocracia.
— Há também uma agenda microeconômica relacionada a tempo médio de abertura de empresa, fechamento de empresa, custo de cumprimento de obrigações tributárias assessórias. Tudo isso é importante e tem efeitos sobre o ritmo de crescimento na economia — afirmou Barros.
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