A lista de possíveis interessados no controle da Eletrobrás (ELET6) vai muito além dos chineses, que nos últimos anos abocanharam grandes companhias no setor, a exemplo da CPFL Energia e das usinas da Companhia Energética de São Paulo (Cesp). Especialistas afirmam que, dependendo da modelagem que será adotada pelo governo, o ativo pode ser ideal para grandes fundos de investimentos espalhados pelo mundo, e que hoje têm muito dinheiro em caixa para gastar.
O presidente da Thymos Energia, João Carlos Mello, acrescenta ainda que as elétricas europeias – algumas delas que já passaram pelo mesmo caminho que o governo trilha para a Eletrobrás – estão voltando com apetite ao mercado brasileiro. Ele afirma que a italiana Enel e a francesa EDF podem ser candidatas à comprar uma fatia da estatal. “Numa venda pulverizada, dependendo do tamanho dos lotes, as companhias brasileiras também podem disputar esse negócio.”
O presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini, também acredita que a privatização da Eletrobrás está mais voltada para um investidor financeiro do que para um investidor estratégico, tendo em vista que a operação visa à entrada de recursos na companhia e à diluição da participação governamental. Ainda assim, ele considerou que “é uma maneira inteligente de dar dinamismo à empresa, ao liberar das amarras estatais”, permitindo uma gestão mais efetiva.
Fonte: Estadão