A equipe econômica do governo federal divulgou os números das contas públicas em julho, que encerrou com um déficit de R$ 20,15 bilhões. Esse é o terceiro rombo consecutivo e o pior desempenho para o mês desde 1997, quando começaram a registrar. No cumulativo do ano, o déficit chegou a R$ 76,28 bilhões.
O resultado acumulado em 12 meses atingiu R$ 183,7 bilhões, o que equivale a 2,84% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso foi afetado pela antecipação dos precatórios para maio e junho, quando normalmente isso é feito em novembro. Caso o governo não tivesse feito isso, o acumulado deveria girar em torno dos R$ 165 bilhões.
As receitas tiveram uma queda real de 5,5% com relação ao mês período do ano passado, chegando a R$89,13 bilhões. Ao todo, em 2017, o governo gastou R$ 713,56 bilhões, uma redução de 0,2%, enquanto arrecadou R$637,28 bilhões (-3,1%).
Como esse cenário já estava previsto pela série de frustrações nas receitas, a equipe econômica já havia se antecipado em alterar as metas fiscais para R$ 159 bilhões, tanto em 2017 quanto em 2018.
Déficit da equipe
A equipe econômica é composta pelo Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social. Em julho, o déficit da previdência também cresceu 14,4% e chegou a R$ 13,52 bilhões no mês passado. Levando em consideração o ano, o rombo já chega a R$ 96,38%, ou seja, 28,4% maior do que o mesmo período do ano passado, com o desconto da inflação.
Em julho, o Tesouro Nacional fechou com resultado negativo de R$6,56 bilhões, mas no ano, a conta está positiva em R$ 20,57 bilhões. Já o Banco Nacional registou os valores negativos de R$77 milhões no mês passado e R$466 milhões no ano.