A incorporadora Gafisa (BOV:GFSA3) encerrou o segundo trimestre de 2017 com um prejuízo líquido consolidado de R$ 180 milhões, o que representa um crescimento de 368% nas perdas em comparação com o mesmo período do ano passado. No semestre, o prejuízo totalizou R$ 229,4 milhões, deterioração de 150%.A Alphaville, empresa de loteamentos onde a Gafisa detém participação, respondeu por R$ 35,8 milhões do prejuízo no trimestre, contabilizados na linha de equivalência patrimonial. Isso representou uma piora de 200% nessa linha frente à perda de R$ 11,952 milhões um ano antes.
O resultado líquido também sofreu um impacto negativo de R$ 9,54 milhões devido à baixa nas operações da ex-subsidiária Tenda, resultado do processo de separação da construtora concluído em maio. Sem considerar os números de Alphaville e Tenda, a Gafisa teve um prejuízo líquido de R$ 134,6 milhões no segundo trimestre de 2017.
Ainda assim, a perda mostrou crescimento de 265% em comparação com o mesmo período do ano passado. No semestre, as perdas subiram 144%, totalizando R$ 260,6 milhões. Segundo a Gafisa, a piora do balanço se deve a um conjunto de fatores, como maior nível de distratos, queda no faturamento, menor capacidade de diluição de custos e o efeito negativo no resultado financeiro.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou negativo em R$ 65 milhões no segundo trimestre de 2017, o que representa uma reversão frente ao segundo trimestre de 2016, quando ficou positivo em R$ 12,49 milhões. No semestre, o Ebitda ajustado ficou negativo em R$ 112,3 milhões ante um dado negativo de R$ 5,64 milhões um ano antes. A receita líquida totalizou R$ 147,253 milhões no segundo trimestre, queda de 31%. No semestre, atingiu R$ 283,792 milhões, recuo de 26%.
Operações
Os resultados operacionais já divulgados pela Gafisa mostraram vendas líquidas de R$ 127,146 milhões no segundo trimestre, queda de 1,8% em relação ao mesmo período do ano passado. A retração nas vendas líquidas é resultado da queda 8,1% nas vendas brutas, para R$ 240,795 milhões, compensadas parcialmente por uma baixa de 14,2% nos distratos, que chegaram a R$ 113,648 milhões. A incorporadora não iniciou novos projetos no segundo trimestre, completando a primeira metade do ano sem lançamentos.
Fonte: Agência Estado