O mercado se mostrou otimista com a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) acima do esperado no segundo trimestre. O aumento de 0,2% reforçou a perspectiva do fim da recessão e do crescimento lento da economia.
Diante disso, o Goldman Sachs elevou de 0,7% para 0,9% a previsão de crescimento da economia nacional para 2017. Além dele, a consultoria Rosenberg aposta em um aumento de 0,7%. O economista-chefe para América Latina do BNP Paribas, Marcelo Carvalho, disse ao Broadcast Vivo que mesmo que a projeção do banco seja de 0,5%, ele não se surpreenderia se o PIB do ano ficasse próximo de 1%.
Segundo o jornal o Estado de S. Paulo, a economista-chefe da Rosenberg Associados, Thaís Zara, acredita o crescimento do PIB neste segundo trimestre já indica uma melhora na economia, quando comparada ao mesmo período de 2016, mostrando uma recuperação maior do que a esperada.
Fatores
O crescimento do trimestre foi baseado principalmente no consumo das famílias, que cresceu 1,4%, graças aos saques das contas inativas do FGTS. Esse incentivo no consumo após nove trimestres de baixa deve ser consolidado com a queda dos juros e desemprego e da inflação, segundo os economistas.
Setores como a construção civil e o agronegócio não foram favoráveis para o crescimento do PIB, o que também se reflete na velocidade da retomada da economia.
Além disso, a queda de 0,7% nos investimentos públicos na comparação trimestral e a redução nos gastos de 0,9% gerados pela crise fiscal, indicam uma tendência de recuperação parcial. “Sem investimentos em capital e consumo do governo não há como sustentar o crescimento”, afirma André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos. Para ele, até o momento esse crescimento é mais um “voo de galinha” da economia.