ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Recursos principais

Registration Strip Icon for pro Negocie como um profissional: Aproveite discussões em tempo real e ideias que movimentam o mercado para superar a concorrência.

Por que o mercado deve ficar atento à 2ª denúncia de Temer se é certo que ele sobreviverá?

LinkedIn

Câmara dos Deputados deve votar na quarta-feira (25) a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Com a aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do parecer que orienta o arquivamento do processo, as chances que o presidente supere essa crise são quase certas. Porém, de acordo com a consultoria Eurasia Group, o placar da votação pode indicar sobre outra questão importante: a Reforma da Previdência.

Segundo as informações da Infomoney, o resultado servirá como base para saber se a aprovação da reforma acontecerá ou não. Na primeira denúncia em agosto, 263 deputados apoiaram Temer, mas a expectativa é que esse número caia por causa dos recentes acontecimentos que desgastaram a força do presidente. A questão, é que se pelo menos 30 desses parlamentares deixarem de votar pela rejeição do processo, o relatório da Eurasia aponta que as chances da Reforma diminuem.

Se os votos contrários ao arquivamento da denúncia passarem dos 257, é provável que o número de deputados de centro dispostos a negociar esteja caindo. Isso indicaria uma fragilização ainda maior da base aliada do presidente, o que afeta diretamente as mudanças estruturais que o governo está propondo.

Reforma Polêmica 

A Eurasia acredita que uma reforma da Previdência mais básica e que inclua idade mínima e regra de transição tenha 55% de chances de aprovação. Porém, com o aumento do descontentamento dos apoiadores do Temer e a aproximação das próximas eleições, as probabilidades caem gradativamente.

Os consultores afirmam que  “mesmo a versão reduzida da reforma da Previdência terá dificuldade de passar e, por essa razão, não temos a convicção de que pode ser feito. Os deputados estão reticentes uma vez que, quanto mais se aproximam as eleições de 2018, maior será o custo político de aprovar uma reforma impopular. O custo político de permanecer com Temer em meio a uma onda de denúncias de corrupção também tem seu preço”.

Por outro lado, os parlamentares de centro ainda precisam de recursos, especialmente por causa das restrições de financiamento de campanha para as eleições do ano que vem, e também necessitam manter relações próximas ao Executivo para garantir mais cargos e visibilidades.

“Não é por nenhuma outra razão que os parlamentares que votaram em Temer na primeira denúncia estão ameaçando abandoná-lo: querem maximizar os benefícios para sua lealdade. Muitos que votaram a favor de Temer pela primeira vez queixam-se de que os que votaram contra ele não foram suficientemente punidos e os que votaram a favor não foram suficientemente recompensados. Mas o fato é que o governo ainda tem algumas cartas para jogar”, avaliam.

Além disso, com a presidência em jogo nas próxima eleições, o ajuste fiscal seria importante para melhorar o sentimento do mercado e o crescimento econômico, o que também ajudaria a aliviar o peso político para quem assumir o cargo.

Deixe um comentário