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Semana de 4 dias tem Fomc, ata do Copom, desemprego, eleição 2018, produção industrial, contas fiscais e IGP-M

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Entre os destaques da semana, que será mais curta em função do feriado de Finados na quinta-feira, dia 2, está a divulgação da ata da última reunião do Copom, na terça-feira, trazendo mais detalhes sobre o ritmo de corte da taxa básica de juros Selic nas próximas reuniões e sobre as variáveis econômicas mais sensíveis neste momento. Ainda na terça-feira saem os dados da Pesquisa Nacional por Amostra em Domicílio (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrando o comportamento do mercado de trabalho em setembro. Na quarta-feira, saem os números do IBGE sobre a produção industrial de setembro.

No cenário político, o mercado deve repercutir a primeira pesquisa do Ibope, que mostrou um cenário mais provável de segundo turno na eleição presidencial entre Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e Jair Bolsonaro. Nenhum dos dois agrada o mercado, mas a distância da eleição deve levar o mercado a reduzir o impacto dessa pesquisa. Mas cada vez mais esses levantamentos se tornarão importantes, até para definir o poder do governo no Congresso para aprovar a reforma da Previdência e outros projetos de interesse, como medidas para ajustar as contas públicas do ano que vem.

O mercado acompanha já nesta segunda-feira o resultado primário consolidado que, pelas estimativas do Departamento de Estudos Econômicos (Depec) do Bradesco deve apresentar déficit de R$ 22,7 bilhões e a divulgação do IGP-M de outubro, índice usado na correção de contratos, em especial dos aluguéis.

No exterior, destaque para a reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central americano), que deve manter os juros, mas pode sinalizar algo com relação à redução de compra de títulos do mercado. O mercado acompanhará atento também sinalizações sobre quem o presidente Donald Trump indicará para o lugar da atual presidente do Fed, Janet Yellen, o que poderá ter implicações graves no futuro da política monetária americana.

Pesquisa Ibope

O ex-presidente Lula e o deputado federal Jair Bolsonaro iriam para o segundo turno se as eleições presidenciais de 2018 fossem hoje, segundo pesquisa Ibope publicada na coluna Lauro Jardim, do jornal O Globo. Em todos os cenários, Lula ficaria com o mínimo de 35% e o máximo 36% das intenções de voto. Bolsonaro ficaria com 15% em cenário com Lula e com 18% se o candidato do PT for Fernando Haddad. A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 22. Os dois favoritos estão em campanha há vários meses e é natural que aparecem com destaque. Mas à medida que a eleição se aproxima e os números não mudam, podem começar a mexer com os mercados, que esperam a eleição de um nome que leve adiante as reformas e o ajuste fiscal do atual governo.

Calendário de feriados dificulta votações na Câmara

Na cena política, após barrarem a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, as atenções mais uma vez se concentram na tentativa do governo de acertar com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) qual será o calendário para votação da reforma da Previdência e quais pontos da proposta serão priorizados.

Vale lembrar que os deputados ganharam uma semana de “folga” em novembro. Segundo informações da Agência Estado, Maia decidiu não realizar votações no plenário da Casa entre 13 e 17 do próximo mês, por conta do feriado da Proclamação da República em 15 de novembro. Ele anunciou o calendário de votações no plenário na quarta-feira, 25, logo após a votação da denúncia contra o presidente. O cronograma prevê que, nesta semana, quando o presidente da Câmara estará em viagem oficial para Oriente Médio e Europa, só haverá votações na segunda, terça e quarta-feira, em razão do feriado de Finados.

Medidas provisórias exigem atenção

Tal calendário deve dificultar a votação de medidas provisórias importantes que estão próximas de perder a validade, entre elas a que trata das mudanças no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A proposta prevê, entre outros pontos, aporte de até R$ 3 bilhões em quatro anos do Tesouro Nacional ao Fundo Garantidor do Fies (FG-Fies). A matéria precisa ser votada na Câmara e no Senado e sancionada por Michel Temer antes de 17 de novembro, quando caduca.

Ata do Copom sinalizará ritmo de queda dos juros

Muita atenção deverá recair sobre a ata da última reunião do Copom. Se a redução dos juros em 0,75 ponto percentual já era mais que esperada, assim como a de 0,50 ponto em dezembro, o mercado deve buscar pistas sobre a reunião de fevereiro. Os analistas se dividem entre os que esperam mais um corte no começo do ano, de 0,25 ponto, para 6,75% ao ano, para encerrar o ciclo, e os que acham que o Copom vai parar em dezembro, em 7%.

Alguns bancos trabalham, porém, com uma Selic ainda mais baixa. A equipe de analistas do Itaú Unibanco  diz que o comunicado do Copom que acompanhou a decisão sugere que o plano continua sendo diminuir o ritmo de flexibilização moderada, o que seria um sinal de que o movimento de dezembro, provavelmente, será um corte de taxa de 0,5 ponto percentual, o que levaria a Selic a 7% ao ano. “Depois disso, esperamos que o Copom termine o ciclo com outro corte de 50 pb (0,5 pp), no início de 2018, com uma taxa terminal de 6,5% – embora reconheçamos que a declaração da reunião indica que o ciclo termina neste ano”, completam os analistas do banco, esperando que as atas forneçam mais detalhes sobre o raciocínio por trás da decisão e as mudanças na declaração.

Os analistas do Bradesco acreditam que, ao retirar do comunicado a menção do “encerramento gradual do ciclo” em seu comunicado, o BC pode estar sinalizando o final do ciclo em 7,0%, “mas, em nossa avaliação, as condições de contorno da reunião de fevereiro de 2018 ainda permitirão ao BC encerrar o ciclo em 6,75%”.

Produção industrial em ligeiro crescimento e desemprego estável

Em relação aos dados de setembro da produção industrial, os economistas do Bradesco estimam que eles mostrarão ligeiro crescimento em relação ao mês anterior, enquanto os números da PNAD relativos ao mercado de trabalho provavelmente indicarão taxa de desemprego estável.

Já a equipe do Itaú Unibanco espera para a produção industrial de setembro um aumento de 0,7% mês contra mês, compensando a queda de agosto e, para a taxa de desemprego em todo o país (setembro) uma diminuição de 0,1 ponto percentual, para 12,5% (inalterada em 12,6% de acordo com ajuste sazonal).

O Banco Fator também acompanha de perto a publicação pelo IBGE da pesquisa mensal sobre indústria. Recorda que a produção industrial em agosto decresceu 0,8% em relação ao mês anterior e cresceu 4% na comparação anual. “Analisando os valores acumulados em 12 meses, nota-se uma tendência constante de crescimento desde junho de 2016, sendo que em agosto praticamente sai da zona negativa com o valor de -0,1%”.

No quadro geral, dizem os economistas do Fator, “as variações interanuais são razoavelmente fortes, mas as variações mensais são modestas ou até negativas. Ou seja, a indústria mudou de patamar em relação a 2016, mas não acelera ao longo de 2017”. Para a Rosenberg Associados, com variação bastante forte na comparação interanual, a estimativa é de leve recuo na margem (natural após quatro altas consecutivas nesta base de comparação, em que acumulou ganhos de 3,4%). “De maneira geral, segue a recuperação da indústria, com volta também das contratações, como mostram os dados da PNAD divulgados na semana passada”, estimam os analistas da consultoria.

Contas fiscais: déficit com governos regionais e estatais

Para as contas fiscais, a estimativa do Itaú Unibanco é que o resultado primário consolidado de setembro (incluindo governos regionais e empresas estatais) deverá trazer déficit primário de R$ 24,8 bilhões com os governos regionais, com um déficit de R$ 0,5 bilhão, e empresas estatais com déficit de R$ 0,4 bilhão.

Balança comercial deve trazer novo superávit em outubro

Olhando as contas externas, os analistas do Itaú Unibanco estimam que a balança comercial de outubro, cujos dados saem na quarta-feira, mostre mais um superávit forte (US$ 5,0 bilhões, totalizando US$ 2,4 bilhões no mesmo mês do ano passado). “Em uma base mensal, tanto as exportações quanto as importações provavelmente registrarão uma diminuição moderada (-2,5% e -3,3%, respectivamente – medidas dessazonalizadas); no entanto, espera-se que o superávit contínuo de 12 meses avance para cerca de US$ 64 bilhões para US$ 67 bilhões”, completa a equipe.

Massa salarial em estabilização e queda no rendimento médio real

Os analistas do Banco Fator lembram que a taxa de desocupação calculada pelo IBGE decresce há quatro meses, alcançando 12,6% no trimestre junho-agosto. “A dinâmica do mercado, porém, segue sugerindo início de recuperação, com a prevalência de aumento da ocupação por conta própria e sem carteira assinada sobre o emprego formal”, estimam em seu relatório. Em relação à renda, ressaltam que a massa real estabilizou, enquanto o rendimento médio real caiu. “Ambas estão crescendo, mas em ritmo que tende continuar desacelerando; o papel que a queda forte da inflação teve sobre a renda real está acabando e deve ser revertido em algum grau com a esperada aceleração da inflação”, alertam, projetando taxa de 13% para setembro.

IGP-M em 12 meses deve mostrar redução da deflação

Os IGPs (Índices Gerais de Preços) entraram na faixa de inflação positiva, destaca o Fator, depois de meses em queda, enquanto os valores acumulados em doze meses caminham para fora dos valores negativos, ou seja, da deflação. “A desaceleração da deflação dos preços dos alimentos, assim como a mudança no cálculo da tarifa da energia elétrica pela Aneel, devem contribuir para acelerar a inflação em outubro”, estimam.

Para a equipe da Rosenberg Associados, a estimativa é de variação de 0,26% no IGP-M, menor do que a observada no mês anterior, com taxa mensal de 0,47%. “Não obstante, na comparação em 12 meses, a taxa deve diminuir o ritmo deflacionário, passando de -1,5% para -1,3%; na abertura por grupos e na margem, destaque para desaceleração do IPA (Índice de Preços no Atacado), reflexo da queda do minério de ferro e do arrefecimento em combustíveis; na contramão, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) deve acelerar nesta leitura, em linha com a reversão da deflação no grupo Alimentação, puxado pelos itens in natura, e pela subida da energia elétrica e do gás de bujão no grupo Habitação”, completam os analistas.

Venda e produção de veículos

Também poderão ser divulgados na semana os dados referentes ao setor automobilístico de outubro, registrados pela Anfavea e Fenabrave. O Fator lembra que os valores de setembro indicavam a estabilização do setor. As vendas totais (licenciamentos) continuam crescendo em torno de 15% na comparação interanual e na média de 2% nos últimos doze meses. “Os estoques das montadoras e das concessionárias parecem ter se estabilizado, assim como o emprego, que parou de cair. deste modo, o quadro geral deve mostrar gradual preenchimento da capacidade ociosa.”

Atividade da Europa e política monetária dos EUA

No cenário externo, dizem os analistas de bancos e consultorias, as atenções estarão voltadas principalmente para a reunião do banco central americano e dados do mercado de trabalho e inflação dos Estados Unidos — além de estimativas do PIB na área do Euro e os desdobramentos do conflito entre separatistas catalães e o governo espanhol. No fim de semana, Madri interveio na administração catalã, dissolvendo o parlamento local e convocando eleições para dezembro.

O presidente do governo da Espanha, Mariano Rajoy, delegou neste sábado para a vice-presidente, Soraya Sáenz de Santamaría, as funções e competências de chefe do Executivo da região da Catalunha, no lugar de Carles Puigdemont. Manifestações reuniram centenas de milhares de pessoas a favor da permanência da Catalunha na Espanha. Mas defensores da independência também organizam protestos.

PIB maior na região do Euro

“Na agenda internacional, a decisão do FOMC e as primeiras estimativas do PIB do terceiro trimestre da área do Euro serão os destaques, e (para estas últimas) esperamos crescimento de 0,5%, ante 0,6% registrado no trimestre anterior”, diz relatório do Depec, do Bradesco. “Também teremos o CPI de outubro da região (Consumer Price Index – índice de preços ao consumidor), que pode trazer aceleração dos preços de combustíveis”, ressalta o Depec.
“Nos EUA, destaque ainda para os ISM (Institute for Supply Management, que mede nível de atividade nos EUA) da indústria e de serviços, já de outubro, que devem mostrar resultados robustos após o efeito dos furacões”, acrescentam os economistas do Depec/Bradesco.

Reunião do Fomc e substituto de Yellen

Nesta quarta-feira, a reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central americano) deve manter novamente a taxa de juros básica em 1,25%, apesar de ainda prevalecer a leitura de mais uma alta este ano, avalia o Banco Fator. Na última reunião, foi anunciado o início da redução do balanço do Fed, de US$ 4,5 trilhões hoje, e as projeções para as taxas de juros foram revistas. Para reduzir esse balanço, o Fed deverá revender ao mercado os títulos que comprou para injetar liquidez nos bancos e na economia, reduzindo a liquidez mundial, o que pode mexer com os investimentos em diversos países, em especial os emergentes. O destaque da última reunião foi também a indicação de que a taxa básica americana pode atingir 3,5% em 2020, mas não voltará a mais de 3% a partir de então.

A conjuntura econômica vem corroborando a expectativa do Fed, implementando subidas graduais de juros e iniciando o enxugamento de seu balanço no começo de outubro. Para a Rosenberg Associados, isso sinaliza que a reunião desta semana não deve trazer novidades relevantes, com o mercado atento ao possível sucessor de Janet Yellen no comando da instituição.

Já a inflação de setembro (EUA), que deve ser conhecida na segunda-feira, de acordo com os analistas, “terá possível impacto da elevação do preço da gasolina aparecendo na taxa mensal do indicador; o dado do mercado de trabalho, a ser divulgado na sexta-feira, deverá registrar forte elevação para o mês de outubro, repercutindo a volatilidade recente introduzida pelos furacões nas estatísticas de emprego e de salários”.

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