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Balança tem superávit de US$ 5,2 bi em outubro, novo recorde; importações indicam retomada

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balança comercial brasileira teve superávit de US$ 5,2 bilhões em outubro, o que representa um recorde para o mês desde o início da série histórica do governo, em 1989. O resultado representa também o nono recorde mensal consecutivo. Os dados foram divulgados hoje (1º) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).

De janeira a outubro, o saldo entre exportações e importações tem superávit de US$ 58,5 bilhões. Trata-se do maior superávit da série histórica, tanto para os dez primeiros meses do ano quanto para anos fechados.

Ao todo, as exportações no mês de outubro totalizaram US$ 18,9 bilhões, com valor médio de US$ 989,9 milhões. Já as importações somaram US$ 13,7 bilhões, com média diária de US$ 651,2 milhões.

As exportações representam o quatro maior valor para meses de outubro, e as importações ocupam o oitavo maior resultado para o mês.

Superávit estimado em até US$ 70 bi no ano

De acordo com o diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações da Secex, Herlon Brandão, a expectativa de superávit para ano foi ampliada de aproximadamente US$ 60 bilhões para cerca de US$ 65 bilhões a US$ 70 bilhões.

“Isso se justifica pelo desempenho das exportações. Temos US$ 30 bilhões a mais, com desempenho positivo de vários produtos, como a soja, minério de ferro, produtos siderúrgicos, tanto de volume, como de preços das exportações”, disse Brandão.

De acordo com o Mdic, o destaque da balança comercial no mês de outubro ficou por conta com exportação de minério de ferro, com crescimento de 59,9%; produtos semimanufaturados de ferro e aço (89%); máquinas e aparelhos para terraplanagem (127,5%); produtos laminados para ferro e aço (132,4%), e farelo de soja (45,4%).

As maiores reduções foram na venda de aviões (-US$ 57,3%), café cru em grão (-US$ 18,1%), tubos flexíveis de ferro ou aço (-US$ 30,5%), óleos combustíveis (-US$ 41,6%) e couros e peles (-US$ 11,9%).

Bens de capital puxam importações

Já nas importações, o destaque foram os bens de capital, que tiveram alta pelo terceiro mês consecutivo, o que não ocorria desde a sequência junho, julho e agosto de 2013. A expectativa do governo é que ocorram novos crescimentos nos próximos meses. Além disso, os bens intermediários apresentaram crescimento de 7,9%, categoria que vem tendo crescimento desde novembro de 2016.

Importações indicam retomada, diz MIDC

O crescimento das importações do país no mês de outubro (média diária de US$ 651,2 milhões, contra US$ 568,8 milhões para o mesmo mês de 2016) e no acumulado do ano (elevação de 9,1% na comparação com o mesmo período do ano passado), é uma indicação da melhora da atividade econômica no futuro. A avaliação é do diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Herlon Brandão.

Para ele, o crescimento das importações ao longo do ano é reflexo da atividade produtiva e da demanda interna por insumos para indústria e para o agronegócio. “Notamos um crescimento, pelo terceiro mês seguido, da importação de bens de capital. Isso é muito positivo, é investimento, e sinaliza uma melhora da atividade econômica no futuro”, disse ao apresentar, hoje (1º), o resultado da balança comercial do mês de outubro.

De acordo com Brandão, como o Brasil importa, principalmente, bens para atividade produtiva – como insumos industriais, máquinas para agricultura e bens de capital – o crescimento das compras no exterior demonstra que “o setor produtivo está demandando mais insumos para produção nacional e para exportação”.

Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), nos dez meses do ano, o Brasil importou US$ 125 bilhões. Destaque para óleos combustíveis, com saldo positivo de 89,2%; hulhas (+110,4%); circuitos integrados (+48,3%); naftas (+43,4%) e partes de aparelhos transmissores ou receptores (+58,7%).

Agronegócio

Em relação ao agronegócio, os destaques da balança comercial são para a exportação de soja e milho. De janeiro a outubro, foram vendidas 63 milhões de toneladas de soja e 21 milhões de toneladas de milho. “Até setembro, tínhamos queda do volume de milho exportado, agora temos aumento. Temos crescimento do volume exportado de carne de frango, de carne bovina, celulose e açúcar, que também estava em queda e agora passou a ter crescimento”, destacou Brandão.

Vendas de automóveis para América Latina crescem

Nas exportações de modo geral, o destaque fica por conta de celulose, açúcar, commodities minerais, assim como a venda de petróleo, devido ao crescimento da produção nacional e os preços dessas commodities, além dos produtos industrializados, com 12% dos manufaturados, motivado pela venda de automóveis acima de 50%, de veículos de carga e produtos siderúrgicos.

“O volume de exportações de automóveis cresce para toda a América Latina, especialmente, Argentina, México, Chile, Peru e Colômbia. As carnes, que no começo do ano tinham queda, agora, estão tendo aumento também”, disse Brandão.

A expectativa do governo  é que o país feche o ano com crescimento de 15% nas transações comerciais em relação a 2016. “Já temos dez meses e isso permite fazer um cenário para o ano: vamos ter desempenho positivo das exportações e importações e, certamente, a corrente do comércio brasileira vai encerrar com crescimento significativo. Já estamos com aumento de 15% do comércio como um todo, e esperamos encerrar com esse nível ou superior”.

As informações são da Agência Brasil.

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