O Banco do Brasil (BOV:BBAS3) concluiu hoje uma captação no mercado internacional no valor de US$ 1 bilhão pelo prazo de sete anos, com juros de 4,625% ao ano e retorno para o investidor (yield) de 4,70%. A demanda foi muito forte, atingindo US$ 5,5 bilhões, destaca Alberto Monteiro, vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores. Segundo ele, os recursos reforçarão o caixa do banco no exterior, sem uma destinação específica.
Monteiro explica que a operação busca otimizar o caixa do banco aproveitando as boas condições do mercado internacional para o Brasil. “Apesar de o banco ter uma liquidez robusta e sólida, entendemos que o bom momento no mercado internacional seria interessante para uma emissão”, afirmou. O objetivo era acompanhar os papéis que medem o risco do Brasil, os CDS, e emitir quando esse risco chegasse a 1,75 ponto percentual acima dos juros americanos. “”Ele bateu 1,786 ponto e então emitimos”, disse, acrescentando que a oportunidade foi muito boa e mostrou um apetite significativo por renda fixa brasileira no mercado internacional. “Foi uma taxa muito boa, 4,70% comparada aos 2,19% do título do Tesouro dos EUA equivale a um adicional de 2,5 ponto percentual, bastante razoável”, disse.
Segundo o executivo, foram feitas apresentações a investidores na Argentina, Estados Unidos e Europa e houve demanda forte dessa região e também da Ásia, por isso a demanda bem acima da oferta. “Fizemos apresentações em Londres, Nova York, na Califórnia, em Boston, e na Argentina, atingindo mais de 100 investidores em dois dias”, acrescentou. “Isso proporcionou mais de 350 ordens pelos papéis”, disse. “Isso mostra nossa capacidade de falar com investidores interessados em papéis do banco”, disse, acrescentando que a boa performance das ações em bolsa também ajudou pois faz com que muitos investidores acompanhem e estudem o desempenho do BB.
Segundo Monteiro, o banco estava há três anos sem fazer emissões no exterior.