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Com Selic a 7% ou 6,75%, só fundo DI com taxa até 0,5% ganha da caderneta em qualquer prazo

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A queda dos juros básicos da economia de 7,50% para 7%, esperada para amanhã, deve reduzir a competitividade dos fundos de renda fixa, especialmente os mais conservadores, os antigos fundos DI, em relação à caderneta de poupança, observa estudo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças , Administração e Contabilidade (Anefac).

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começou hoje a reunião em Brasília que deve cortar os juros para 7% ao ano, a menor taxa do Plano Real, criado em 1994, e uma das mais baixas pelo menos desde os anos 1980. E, o que é melhor, a redução vem em um ambiente sustentável, de inflação baixa, perto dos 3% a 4% ao ano, e com a expectativa de que se prolongará também por 2018. Essa é a grande expectativa da decisão de amanhã: saber o que o comentário do Copom trará de pistas para a reunião de fevereiro, na qual o mercado já espera mais um corte, para 6,75%. As projeções do mercado, de acordo com o boletim Focus do BC, mostram uma taxa média de 6,78% em 2018, o que só seria possível se o juro cair abaixo de 7% logo no começo do ano.

Mas voltando aos 7% de amanhã. Mesmo com a mudança que reduziu o rendimento da caderneta, de 0,5% ao mês ou 6,17% ao ano mais Taxa Referencial (TR) para 70% da taxa Selic, somente fundos com taxa de administração com taxa de até 0,5% ao ano ganharão da nova poupança em todos os prazos. No caso da Selic de 7% ao ano, a nova poupança renderá 0,40% ao mês, ou 4,9% ao ano mais a TR, enquanto o fundo conservador que cobrar 0,5% ao ano renderá 0,41% até seis meses e até 0,46% após dois anos. Já fundos com taxa de 1% ao ano serão competitivos apenas para prazos acima de seis meses e, com 1,5% de taxa, para aplicações acima de um ano.  (ver abaixo). A comparação vale apenas para fundos conservadores, que aplicam em papéis pós-fixados do governo, as LFTs, ou seja, sem gestão ativa, os antigos DI, que sequem o juro da Selic.

 
                                                        FUNDOS DE INVESTIMENTOS X POUPANÇA
 
1)     Rendimento mensal líquido dos Fundos com uma SELIC a 7,00% ao ano (rendimento líquido mensal nos Fundos)
 
                                                                                       Taxa de Administração ao ano
 
Prazo de Resgate            0,50%    1,00%      1,50%    2,00%     2,50%    3,00%
 
Até 6 meses                      0,42%     0,39%      0,37%    0,35%     0,32%    0,30%
                                                   
Entre 6 meses e 1 ano      0,43%     0,41%      0,38%    0,36%     0,34%    0,31%
 
Entre 1 ano e 2 anos         0,45%     0,42%      0,40%    0,38%     0,35%    0,33%
 
Acima de 2 anos               0,46%     0,44%      0,41%    0,39%     0,37%    0,34%

Fonte: Anefac. Rendimento estimado da poupança: 0,40% ao mês (novas) e 0,5% (antigas)

Se o cálculo considerar o ganho das cadernetas antigas, ou seja, depósitos feitos antes de 4 de maio de 2012, que se manteve em 0,5% ao mês mais TR, nem os fundos que cobram 0,5% ao ano de taxa de administração conseguem empatar com as cadernetas, rendendo 0,46% ao mês mesmo após dois anos. Mas atenção, o rendimento antigo só vale para os depósitos feitos antes da mudança. Depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012 em cadernetas antigas seguem as regras da nova caderneta e rendem menos.

O motivo dessa vantagem da caderneta é que ela tem rendimento menor, mas não paga imposto de renda como as demais aplicações de renda fixa, como fundos, CDBs e títulos do governo, explica Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Anefac. O imposto é maior quanto menor for o prazo da aplicação, começando em 22,5% sobre o rendimento até seis meses, 20% de seis a 12 meses, 17,5% de 12 a 24 e de 15% acima de 24 meses.

Banco fica com 5, você com 2

Já no caso dos fundos, há ainda a taxa de administração cobrada pelo banco, e que pode chegar, no caso do varejo, a 5% ao ano nos fundos de varejo das grandes instituições, ou seja, quase 71% da taxa Selic bruta de 7% ao ano. Ou seja, o banco ganha mais que o cliente, que fica com 2% de rendimento dos 7% ganhos no mercado, e ainda tem de pagar o imposto.

Assim, quanto menor a taxa de juros, maior o impacto da taxa de administração sobre os ganhos do fundo. “Frente às reduções continuadas da taxa básica de juros, que agora está sendo reduzida de 7,50% ao ano para 7,00% ao ano, os fundos de renda fixa continuam perdendo competitividade frente às cadernetas de poupança principalmente nas aplicações de baixo valor nas quais os fundos cobram taxas de administração mais elevadas”, afirma Oliveira. “Assim sendo, a caderneta de poupança vai continuar sendo uma excelente opção de investimento,  principalmente sobre os fundos cujas taxas de administração sejam superiores a 1% ao ano”, estima.

Juros caindo para 6,75%

Mas o mercado aposta que os juros de 7% de amanhã são apenas temporários. Em fevereiro, quando o Copom volta a se reunir pela primeira vez em 2018, a taxa pode cair ainda mais, para 6,75% ao ano, encerrando então definitivamente o corte dos juros. Ou não. Há quem fale até em 6,5% ao ano, como BNP Paribas e o Itaú Unibanco. Considerando a taxa de 6,75%, será difícil para os fundos renda fixa superaram a caderneta, que passaria a render um pouco menos, 0,39% a partir de fevereiro, como mostra estudo da Anefac:

 
                                                        FUNDOS DE INVESTIMENTOS X POUPANÇA
 
1)     Rendimento mensal líquido dos Fundos com uma SELIC a 6,75% ao ano (rendimento líquido mensal nos Fundos)
 
                                                                                       Taxa de Administração ao ano
 
Prazo de Resgate            0,50%    1,00%      1,50%    2,00%     2,50%    3,00%
 
Até 6 meses                      0,40%     0,38%      0,36%    0,33%     0,31%    0,29%
                                                   
Entre 6 meses e 1 ano      0,42%     0,39%      0,37%    0,35%     0,33%    0,30%
 
Entre 1 ano e 2 anos         0,43%     0,41%      0,39%    0,36%     0,34%    0,32%
 
Acima de 2 anos               0,44%     0,42%      0,40%    0,38%     0,35%    0,33%
 

Além do rendimento, o investidor deve observar também as características de cada aplicação. Um fundo permite o resgate a qualquer dia do mês, sem perda da rentabilidade acumulada. Já a caderneta só permite resgate sem perda de rendimento em dias fixos do mês, o chamado “aniversário”. Ou seja, aquela aplicação do salário até o dia do resgate não vai render nada na caderneta, mas um pouquinho no fundo. Há também bancos que oferecem comodidades como o resgate automático dos recursos. Cabe ao investidor se o custo pago ao banco a mais pela comodidade compensa uma rentabilidade ligeiramente menor. Isso vale especialmente para fundos com taxas de administração perto do limite, 1,5% ou 1,75% ao ano.

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