2018: Confira as expectativas da Coinvalores para o mercado

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Depois de 2017 ser um ano marcado pela retomada da economia e pelas turbulências políticas, a Coinvalores espera que 2018 apresente o maior crescimento econômico desde 2013. A expectativa é que tanto o cenário internacional, quanto o nacional apresentem aspectos positivos durante o ano, superando as incertezas trazidas pelas eleições de outubro.

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Contexto internacional

Com a estimativa conservadora de crescimento de 2,5% dos Estados Unidos, a manutenção da retomada da economia na zona do Euro e a desaceleração gradual da China, 2018 deve resultar em um PIB mundial com alta de 3,7%.

Segundo o relatório divulgado, as principais economias devem continuar com um processo de normalização monetário, que inclui a elevação dos juros por parte dos Bancos Centrais. O Federal Reserve (Fed), banco central americano, deve aumentar os juros do país pelo menos três vez durante o ano, o que pode pressionar o dólar e os juros dos treasuries, além de reduzir a demanda por ativos mais arriscados, como os ligados às commodities.

Por outro lado, tensões geopolíticas, como o conflito com a Coreia do Norte e grupos separatistas na Europa, a alteração do modelo econômico da China e a antecipação por parte dos mercados dos ajustes do Fed são fatores de risco e podem causa ruídos na economia mundial.

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Cenário Político Nacional

A expectativa era que 2017 ajudasse a construir um panorama para a corrida presidencial deste ano, o que não se concretizou, por causa dos escândalos de corrupção e das investigações judiciais. O momento era ideal para consolidar a base governista e usar a economia com um pilar de sustentação para um candidato de centro-direita. Assim, haveria uma transição tranquila entre governos e a certeza sobre a continuidade das reformas econômicas que estão acontecendo.

Como isso não aconteceu, 2018 tenderá a ser marcado pela forte incerteza quanto ao futuro político do país. O ano começa com uma “crise no governismo”, de acordo com a Coinvalores. A impopularidade do governo ameaça tanto a Reforma da Previdência quanto uma possível vitória da centro-direita nas eleições em outubro.

A primeira grande briga por um cenário eleitoral mais favorável começa no dia 24 de janeiro, quando o ex-presidente Lula deve ser julgado em segunda instância sobre o caso do Triplex do Guarujá. A expectativa da corretora é que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) confirme a condenação do petista, a qual pode impedir a sua candidatura à presidência. Porém, a incerteza em torno do placar da decisão e um eventual posicionamento dividido abre margem para mais recursos da defesa, o que acabaria por postergar a instância revisora. Diante disso, existem boas chances de que o caso do ex-presidente acabe caindo no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em relação a outros possível candidatos, a centro-direita moderada se limita a poucos nomes, especialmente por causa da atual má avaliação do governo. Ao mesmo tempo, há a probabilidade de que nomes fora da política também entrem na disputa, como Joaquim Barbosa e Luciano Huck, apesar de suas negações.

Já sobre o PSDB, ao contrário do que se esperava no ano passado, a legenda não lidera mais o antipetismo, o que fragmenta ainda mais a centro-direita. Os conflitos recentes entre governo e tucanos também dificultam a construção de uma candidatura única: “Temer, Meirelles e Maia podem rivalizar com o provável candidato tucano, Geraldo Alckmin. Tal movimento é mais uma fonte de risco para a continuidade de política econômica a partir de 2018”, diz o relatório. Essa divisão facilitaria as chances de um segundo turno estrelado por Lula e Jair Bolsonaro.

Por outro lado, as incertezas eleitorais fortalecem a possibilidade de aprovação da Reforma da Previdência, na perspectiva da Coinvalores. Para eles, a política tradicional precisa de um apoio econômico para que não desmorone diante da crise de legitimidade dos partidos tradicionais. Assim, as articulações e movimentações para unir a centro-direita em torno da aprovação da medida são fundamentais para evitar os riscos do populismo e personalismo nas eleições.

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Contexto Econômico Nacional

A economia promete ter um bom ano em 2018. A inflação está controlada, os juros estão nos níveis históricos mais baixos e os indicadores devem apontar um ritmo mais expressivo sobre o crescimento do país. A mudança de orientação da política econômica em 2016 e as reformas estruturais abriram espaço para um reequilíbrio financeiro nos próximos trimestres.

A tendência projetada é de uma expansão de 2,8% no Produto Interno Bruto (PIB), com o consumo das famílias e os investimentos subindo 3% e 6,2%, respectivamente. Sobre a inflação, a Coinvalores aponta para uma importante desaceleração em preços administrados, como um reflexo da inflação abaixo da meta em 2017, enquanto os preços livres deve ter uma alta moderada, devido a possível recomposição dos preços de alimentos.

Sobre o mercado de trabalho, a projeção trazida no relatório aponta para um crescimento de 2,4%, com chances dos dados da Pnad Contínua apresentarem 94,3 milhões de ocupados, enquanto a taxa de desemprego possa chegar a cair para 11,3% no final de 2018. A renda real também deve expandir 1,2%, o que indica uma alta de 3,6% na massa de renda real no ano.

Os investimentos também podem apontar uma melhora, uma vez que a formação bruta de capital fixo deve subir 6,2%. Isso poderá ser possível por causa da expansão de 11,8% do consumo de bens de capital e de 3,1% da construção civil.

Por outro lado, a não aprovação da Reforma da Previdência coloca em cheque as contas públicas, que já estão em um nível desafiador. As despesas  com a previdência crescem 5% na média, o que inviabiliza a efetividade da emenda do teto de gastos. Diante disso, o impacto negativo no mercado e a possível revisão para baixo do rating brasileiro devem servir como justificativas para a aprovação da Reforma. Porém, a não aprovação da medida pode limitar o crescimento econômico e prejudicar os preços dos ativos.

*As projeções dos relatórios foram feitas pela Tendência Consultoria

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