A Fitch Ratings, uma das principais agência de classificação de risco do mundo, anunciou nesta sexta-feira (23), que rebaixou a nota de crédito soberano do Brasil de ‘BB’ para ‘BB-‘. A perspectiva da agência é estável — o que significa que não haverá novos rebaixamentos no médio prazo.
A agência destacou em relatório que a decisão de adiar a votação da Reforma da Previdência foi um peso importante para a decisão de rebaixar a nota, além do grande déficit fiscal e o crescente endividamento do governo. Além disso, a agência acredita que por conta das eleições durante o mês de outubro, a reforma deve ficar apenas para o fim do ano ou 2019; com uma grande possibilidade da próxima administração não conseguir a aprovação em tempo hábil.
Segundo o documento, “os déficits fiscais do Brasil permanecem grandes e espera-se que diminuam gradualmente. O governo ultrapassou o objetivo de déficit primário para 2017. No entanto, o déficit do governo atingiu mais de 8% do PIB em 2017 (em comparação com 3% da mediana dos países ‘BB’) e a Fitch prevê que o déficit atinga pouco mais de 7% do PIB entre 2018 e 2019”.
No início do ano, a agência Standard&Poor’s havia rebaixado a nota do Brasil de ‘BB’ para ‘BB-‘, justificando também a demora na aprovação das reformas que melhorariam o desempenho estrutural das finanças públicas.