Mercados Globais
Os mercados começam mais calmos nesta semana, depois de um pregão cuja queda ultrapassou os 2,0% nos três principais índices acionários dos Estados Unidos. Hoje o Ásia Dow fechou em alta de 0,53% enquanto o os índices futuros dos EUA apontam para uma abertura de alta (~0,5%).
Mesmo com um alívio presente, o fim de uma guerra comercial não foi descartado e ainda há temores com uma possível escalada da tensão, apesar de um constante esforço dos secretários e conselheiros de Trump em acalmar os mercados. O índice de volatilidade do S&P tem um ritmo mais tranquilo, e no mercado de câmbio, o índice para o dólar vai abaixo dos 90.000 pontos ao passo que a moeda sofre uma desvalorização em relação a maioria dos seus pares.
No mercado de commodities, o petróleo WTI tem uma forte alta (+1,5%) devido a um conflito na Síria e na expectativa de diversos relatórios para o setor de petróleo (da Agencia Internacional de Petróleo e da OPEP) .
Na agenda de indicadores de hoje, o dia é relativamente quieto, algo comum na segunda-feira “pós-payroll”. O foco desta semana nos Estados Unidos é o índice de preços, que terá divulgação na quarta-feira; neste mesmo dia, a ata do FOMC deve manter os mercados atentos ao movimento da inflação e sua implicação na taxa de juros.
Um pouco longe da política monetária, Mark Zuckerberg depõe na Câmara dos Representantes e isso pode ter um forte impacto nos ativos de tecnologia — que têm contribuído para a alta volatilidade recente nos índices acionários dos EUA. Ademais, três grandes bancos darão início à safra de balanços para o primeiro trimestre de 2018 em Wall Street, na sexta-feira. Veja outros eventos/indicadores importantes:
- Terça-feira: Índice de preços ao consumidor e ao produtor na China; IPCA no Brasil.
- Quarta-feira: ata de política monetária do Federal Reserve; índice de preços nos EUA.
- Quinta-feira: relatório mensal de petróleo da OPEP; balança comercial chinesa.
- Sexta-feira: Cúpula das Américas, com participações de líderes com grande importância regional, além do presidente Michel Temer e Donald Trump.
Brasil
O mercado local abriu em queda, com alta do DI para janeiro de 2021 a 8,15% enquanto o cenário político e eleitoral segue incerto no Brasil. A tendência de alta no curto prazo tem se mantido, e o dólar também sobe, acumulando alta de 7,74% em 2018.
No relatório Focus desta semana, a alta do PIB caiu de 2,84% para 2,80% e no câmbio, o dólar segue com estimativa de R$ 3,30 no fim de 2018.
Na agenda de indicadores, o IGP-DI registrou alta de 0,56%, levemente abaixo das estimativas de 0,65%. Os materiais de construção, bem como os bens finais e produtos agropecuários contribuíram para o aumento da inflação neste mês.