Investing.com – Confira as cinco principais notícias desta quarta-feira, 6 de junho, sobre os mercados financeiros:
1. Bolsas norte-americanas preparadas para abertura positiva
O mercado futuro dos EUA apontava para mais ganhos na abertura, já que investidores aguardam um novo lote de dados econômicos e resultados corporativos enquanto continuam a monitorar os acontecimentos em termos de relações comerciais.
Às 06h55, o índice blue chip futuros do Dow subia 77 pontos, ou cerca de 0,3%, ao passo que os futuros do S&P 500 avançavam 4 pontos, ou quase 0,2%.
O índice de tecnologia de futuros do Nasdaq 100 avançava 15 pontos, ou cerca de 0,2%, o que deixava a referência no caminho de abrir em nova máxima recorde.
O calendário de resultados será bem calmo sem importantes empresas divulgando balanços, embora investidores irão obter atualizações trimestrais de Vera Bradley (NASDAQ:VRA), Ascena Retail (NASDAQ:ASNA), Verifone Systems (NYSE:PAY) e Okta (NASDAQ:OKTA).
As bolsas de Wall Street subiram na terça-feira uma vez que a Nasdaq fechou em alta recorde com a ajuda dos setores de tecnologia e de consumo discricionário.
Já na Europa, a maioria das principais bolsas do continente avançava no pregão do meio da manhã, embora as bolsas da Itália recuassem em meio a um novo aumento nos custos de crédito na terceira maior economia da Europa.
Mais cedo, as bolsas asiáticas fecharam em alta uma vez que setores regionais de tecnologia avançaram devido a ganhos neste setor dos EUA durante a noite.
2. NAFTA, Comércio entre EUA e China e continuam em foco
Apesar da aparente melhora nos ânimos do mercado, as preocupações relacionadas ao comércio persistiam.
A China se ofereceu para comprar quase US $ 70 bilhões em produtos agropecuários e energéticos dos EUA se este país não avançar com a imposição de tarifas contra as importações chinesas.
Com a China sinalizando que está aberta a negociações comerciais, ainda deverá ser visto qual será o próximo movimento do governo Trump após as ameaças que haviam sido feitas relacionadas ao comércio.
As duas maiores economias do mundo têm se ameaçado mutuamente com dezenas de bilhões de dólares em tarifas nos últimos meses, levando a preocupações de que Washington e Pequim poderiam travar uma guerra comercial em grande escala que poderia prejudicar o crescimento global e também os mercados.
Os EUA também estão envolvidos em discussões comerciais com o Canadá e o México. Larry Kudlow, conselheiro econômico da Casa Branca, disse na terça-feira que o presidente Donald Trump está considerando negociações separadas com os dois países. Não ficou claro se tal medida acabaria com o NAFTA trilateral.
3. Dados comerciais dos EUA
Ainda neste tema, participantes do mercado prestarão muita atenção aos dados mensais da balança comercial dos EUA, que serão divulgados nesta manhã, já que buscam avaliar se houve algum impacto na atividade comercial devido à recente disputa comercial entre este país e a China.
O Departamento de Comércio dos EUA divulgará a balança comercial de abril às 09h30. O déficit tem previsão de aumento para US$ 50,0 bilhões, a partir de US$ 49,0 bilhões em março. Dados de produtos exportado e importados provavelmente também irão atrair as atenções.
Também no calendário econômico estará a leitura final sobre a produtividade do trabalhador no primeiro trimestre, que dever ter tido aumento de 0,7% durante os primeiros três meses do ano.
Os dados divulgados na terça-feira mostraram que a atividade do setor de serviços subiu para a máxima de três anos no mês passado, ao passo as vagas de emprego atingiram um pico recorde. Os dados otimistas se somaram a uma série recente de relatórios econômicos melhores do que se esperava, incluindo as boas notícias da semana passada sobre o crescimento do emprego e do setor manufatureiro, o que sugere que o crescimento econômico estaria recuperando a velocidade no início do segundo trimestre.
O índice dólar recuava quase 0,2% para 93,69.
4. BCE deverá debater fim de programa de estímulo na semana que vem
O Banco Central Europeu está cada vez mais confiante de que a inflação está voltando à sua meta e, na próxima semana, irá debater se vai reduzir gradualmente as compras de títulos, disse o economista-chefe do banco central, Peter Praet, ao Congresso dos Atuários em Berlim.
Os comentários agressivos levaram os investidores do mercado monetário a precificar em 90% de chance de que o BCE aumentaria as taxas de juros em julho de 2019.
Esta é uma mudança em relação à semana passada, quando os investidores reduziram as expectativas devido a preocupações com a crise política italiana, e uma alta só estava sendo precificada para outubro de 2019.
O euro subiu à máxima de 10 dias em relação ao dólar (EUR/USD), ao passo que os rendimentos dos títulos no bloco de moeda única tinham alta em meio a indicações de que a normalização da política monetária na zona do euro ainda está no caminho.
5. Mercados de petróleo aguardam dados semanais dos estoques dos EUA
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês), divulgará seu relatório semanal oficial dos estoques de petróleo referente à semana encerrada em 1º de junho às 11h30 em meio a expectativas de redução em torno de 1,8 milhão de barris.
Após os mercados fecharem na terça-feira, o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) afirmou que os estoques de petróleo dos EUA tiveram redução de 2 milhões de barris na semana passada.
O petróleo West Texas Intermediate (WTI), dos EUA, recuava US$ 0,16, ou cerca de 0,3%, para US$ 65,36 o barril antes dos dados, ao passo que os contratos futuros de petróleo Brent eram negociados em alta de US$ 0,26, ou 0,4%, a US$ 75,66 por barril.
As duas referências atingiram seus menores níveis em cerca de dois meses na terça-feira após informações de que o governo dos EUA teria pedido à Arábia Saudita e outros grandes produtores que aumentassem a produção de petróleo.