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Petrobras cai quase 20% e entra de novo em leilão na bolsa; mudança afeta risco país e dólar sobe

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As ações da Petrobras (BOV:PETR4) acentuaram as perdas na bolsa B3 após o anúncio da demissão do presidente da companhia, Pedro Parente. Os papéis entraram em leilão logo depois do anúncio e retomaram os negócios por volta do meio-dia, caindo mais de 14%. Mas, perto das 12h30, acentuaram a queda e atingiram -19,7%, negociadas a R$ 15,24, ante R$ 18,98 na quarta-feira, desencadeando novo leilão.

A baixa das ações contagia o mercado brasileiro como um todo, afirma Pablo Stipanicic Spyer, diretor da corretora Mira Asset, citando o risco-Brasil, que estava caindo hoje pela manhã e, agora sobe quase 4%. “A saída do Pedro Parente é um sinal muito ruim, tira credibilidade do mercado e do país perante os investidores locais e estrangeiros, por isso o risco-Brasil está em baixa”, diz. O dólar comercial também está em alta, de 0,5%, vendido a R$ 3,76 no mercado comercial.

Segundo ele, a crise na Petrobras contagia o mercado brasileiro como um todo e mostra que uma política de reajustes constantes é impraticável no Brasil. “Mas o subsídio vai piorar muito o resultado fiscal do governo e quem vai pagar a conta são os consumidores e os os setores produtivos, e isso preocupa os estrangeiros”, diz. Spycer lembra que a Petrobras já perdeu metade do seu valor de mercado desde o início da greve dos caminhoneiros e isso machuca muito os investidores, que vão pensar várias vezes antes de voltar a comprar as ações da empresa. “Tem muitas outras empresas do setor no mundo que podem ser alternativas”, diz.

Além disso, há ainda rumores de que a greve dos caminhoneiros pode voltar na semana que vem, já que parte dos profissionais não ficou satisfeita com a redução de R$ 0,46 no preço do diesel. “Há um problema maior no setor que é a grande oferta de caminhões no mercado brasileiro”, diz, lembrando da política de incentivo para compra de veículos no governo Dilma Rousseff com juro quase zero e incentivos fiscais, que aumentou a frota de veículos em 40%. “Junta uma superoferta de caminhões com economia fraca, fretes em baixa e ainda alta dos combustíveis e o resultado é essa revolta toda”, diz.

Para Spyer, isso quer dizer que mesmo com uma mudança na política de rejuste da Petrobras o problema pode condinuar. “É indiferente se o reajuste for diário, semanal, mensal ou bimestral, pois se o custo do petróleo e do dólar subiram, vai ser preciso repassar em algum momento, e quando chegar a hora vai ter a crise de novo, daqui um dia, um mês ou mais”, lembra.

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