O Departamento Econômico do Itaú Unibanco reduziu as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 1,7% para 1,3% em 2018 e de 2,5% para 2,0% em 2019, devido à persistente deterioração das condições financeiras.
O banco manteve a projeção de déficit primário do governo (despesas menos receitas, sem contar os juros da dívida) deste ano em 2,1% do PIB, mas piorou a de 2019 de 1,4% para 1,6% do PIB. O reequilíbrio fiscal continua dependente de reformas.
Também a projeção da taxa de câmbio subiu para R$ 3,90 no fim de 2018 e 2019 (ante 3,70 reais por dólar), refletindo maiores riscos internos e externos. Já as projeções de inflação subiram para 4,1% este ano e 4,2% em 2019, por conta da revisão nas projeções para a taxa de câmbio e reajuste acima do esperado na tarifa de energia elétrica da Eletropaulo.
Já com relação aos juros, apesar do ambiente mais incerto, as expectativas ancoradas e inflação baixa reforçam o cenário de estabilidade da taxa Selic até o fim do ano.