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Inflação do dólar e da gasolina fazem IGP-DI subir 1,79% em setembro e acumular 10,33% em 12 meses

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O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 1,79% em setembro, percentual bem superior ao apurado no mês anterior, de 0,68%, pressionado pelos preços no atacado, que representam 60% do índice, e que sofrem mais diretamente o impacto da alta do dólar e do petróleo. Com este resultado, o índice acumula alta de 8,54% no ano e de 10,33% em 12 meses, informou hoje a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em setembro de 2017, o índice, que é um dos mais antigos indicadores de inflação do país, havia subido 0,62% e acumulava queda de 1,04% em 12 meses. O IGP-DI é formado também pelos preços no varejo, com peso de 30%, e da construção civil, com 10%.

Pressão no varejo ainda pode vir

Por seu grande peso do atacado, o IGP-DI serve de indicador antecedente das pressões sobre os indicadores de varejo, em especial o IPCA, calculado pelo IBGE, e que serve de referência para as metas de inflação do Banco Central (BC). Se o IGP-DI está subindo, é provável que o IPCA também sofra pressões para cima nos próximos meses. Mas nem toda pressão do atacado é repassada para o varejo. Outros fatores, como a demanda fraca, o desemprego, a substituição de produtos e a perspectiva de reversão das altas do atacado podem limitar o repasse para o varejo, reduzindo o impacto do atacado. Sem o repasse para o varejo, e com mudanças nas condições econômicas, como uma queda do dólar, os preços no atacado também tendem a refluir mais rapidamente, provocando maiores oscilações nos IGPs do que nos IPCs.

Combustíveis pressionam inflação no atacado para 2,54%

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), indicador do atacado, acelerou de 0,99% em agosto para 2,54% em setembro. Na análise por estágios de processamento das empresas, a taxa do grupo Bens Finais subiu 1,55% em setembro após registrar queda de 0,30% em agosto. O principal responsável por esta alta foi o subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -0,42% para 9,46%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,87% em setembro, ante queda de 0,09% em agosto.

A taxa do grupo Bens Intermediários avançou de 0,80% em agosto para 2,92% em setembro. O principal responsável por esta aceleração foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 0,19% para 9,71%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 1,74% em setembro, ante 0,91% no mês anterior.

Dólar impacta matérias-primas como soja e minério de ferro

No estágio das Matérias-Primas Brutas a variação foi de 3,25% em setembro. Em agosto, a taxa havia sido de 2,80%. Contribuíram para o avanço da taxa do grupo os seguintes itens: soja (em grão) (2,72% para 5,43%), minério de ferro (6,30% para 8,42%) e aves (-0,60% para 3,63%). Em sentido oposto, vale citar leite in natura (6,41% para -1,32%), milho (em grão) (7,82% para 1,74%) e mandioca (aipim) (3,56% para 0,46%).

Preços ao consumidor indicam impacto no varejo da gasolina

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,45% em setembro, ante 0,07% no mês anterior. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição para o avanço da taxa do IPC partiu do grupo Transportes (-0,35% para 1,09%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de -1,31% para 4,08%.

Vestuário, Educação e conta de luz puxam inflação

Também apresentaram avanço em suas taxas de variação os grupos Vestuário (-0,47% para 0,63%), Educação, Leitura e Recreação (0,15% para 0,59%), Habitação (0,25% para 0,36%), Alimentação (0,06% para 0,16%) e Comunicação (-0,13% para 0,18%). Nessas classes de despesa, as principais influências observadas partiram dos itens roupas (-0,60% para 0,70%), passagem aérea (1,18% para 14,26%), tarifa de eletricidade residencial (-0,75% para 0,64%), hortaliças e legumes (-6,94% para -4,09%) e pacotes de telefonia fixa e internet (-0,63% para 0,75%).

Em contrapartida, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,39% para 0,30%) e Despesas Diversas (0,68% para 0,18%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, os maiores recuos foram observados nos itens medicamentos em geral (0,29% para 0,05%) e cigarros (2,10% para 0,05%).

Núcleo do IPCA sobe 0,37% sem os exageros

O núcleo do IPC, que tenta eliminar as distorções de preços que subiram demais no mês, registrou taxa de 0,37% em setembro, ante 0,31% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 42 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 22 apresentaram taxas abaixo de 0,13%, linha de corte inferior, e 20 registraram variações acima de 0,80%, linha de corte superior. Em setembro, o índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, foi de 62,43%, ficando 4,74 pontos percentuais acima do registrado em agosto, quando o índice foi de 57,69%.

Construção Civil tem pequena aceleração para 0,23%

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,23% em setembro, contra 0,15% no mês anterior. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços ficou em 0,44%. No mês anterior, a taxa havia subido 0,33%. O índice que representa o custo da Mão de Obra variou 0,06% em setembro. No mês anterior, este índice não registrou variação.

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