As ações da Suzano (BOV:SUZB3) e da Fibria (BOV:FIBR3) tinham variações tímidas nesta segunda-feira, no primeiro pregão após a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar sem restrições a fusão das duas companhias, que criou a maior produtora de celulose do mundo.
Por volta das 11:30, os papéis da Suzano tinham alta de 0,77 por cento, a 41,87 reais, enquanto Fibria operava com variação positiva de 0,11 por cento, a 72,50 reais. No mesmo horário, o Ibovespa subia 1 por cento. No ano, Suzano acumula alta de mais de 120 por cento e Fibria, de mais de 50 por cento.
Em comunicado no final da quinta-feira, a Suzano ressaltou que a “consumação da referida operação está ainda sujeita ao cumprimento de outras condições precedentes usuais para este tipo de operação”.
De acordo com a Fibria, em comunicado separado, o processo ainda está sujeito a eventual recurso de terceiros ou avocação, pelo Tribunal do Cade, pelo prazo de 15 (quinze) dias a contar da publicação no Diário Oficial da União. “Não havendo recurso de terceiros ou avocação do processo dentro de tal prazo, a Operação será considerada formalmente aprovada pelo Cade”, disse a empresa.
Ainda segundo a Fibria, a operação também aguarda a aprovação pela autoridade da concorrência na Europa.
Conforme ambas as empresas, “até a data da consumação da operação, as companhias não sofrerão qualquer alteração na condução de seus negócios, e permanecerão operando de forma independente”.
“A aprovação do Cade da fusão (da Suzano) com a Fibria, em conjunto com forte dinâmica de resultados deve ajudar a dar sustentação ao papel (da Suzano)”, escreveu a equipe de estratégia e análise da XP Investimentos em nota a clientes, reiterando a recomendação de ‘compra’ para os papéis da Suzano, com preço-alvo de 70 reais.
Os acionistas da Suzano e da Fibria aprovaram a operação em meados de setembro em assembleias gerais extraordinárias. A proposta, anunciada em março, envolve a incorporação de ações da Fibria pela Suzano.