A produção industrial brasileira fechou setembro com retração de 1,8% frente a agosto, na série com ajuste sazonal, registrando a terceira queda consecutiva e acumulando retração de 2,7%.
Apesar do recuo, no ano a produção industrial ainda registra crescimento de 1,9%, assim como no resultado acumulado dos últimos doze meses: expansão de 2,7%.
Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal- Produção Física Brasil (PIM-PF), que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (1º).
Em agosto, a indústria já havia fechado em queda de 0,7% e em julho, de -0,2%. No confronto com setembro do ano passado (série sem ajuste sazonal), a indústria caiu 2,0%, primeiro resultado negativo nesta comparação, após três altas consecutivas.
A queda de setembro reflete resultados negativos em todas as quatro grandes categorias e em 16 dos 26 ramos industriais envolvidos na pesquisa.
Ao comentar a retração da indústria de agosto para setembro, o gerente da pesquisa, André Macedo, atribuiu a queda à redução nas exportações de veículos e ao ambiente de incerteza política e econômica.
“A redução nas exportações de veículos, especialmente para a Argentina devido à crise econômica naquele país e um ambiente de incerteza política e econômica freiam o investimento do empresário e as decisões do consumidor brasileiro”, disse.
Destacou que a pesquisa verificou “um grande número de fábricas de automóveis com paralisações ou férias coletivas no mês”.