O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede o custo de vida para famílias com renda de até cinco salários mínimos, caiu -0,25% em novembro, bem abaixo da alta de 0,40% registrada em outubro. Este resultado é o menor desde junho de 2017 quando o INPC ficou em -0,30% e, para um mês de novembro, é o menor patamar desde a implantação do Plano Real em 1994, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano, o INPC acumula alta de 3,29%, acima do 1,80% registrado em igual período do ano passado. Em 12 meses, o índice sobe 3,56%, abaixo dos 4,00% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2017, a taxa atingiu 0,18%.
O INPC caiu um pouco mais que o IPCA, que tem o mesmo cálculo, mas mede o custo de vida para famílias com renda de até 40 salários mínimos e teve deflação de 0,21% em novembro. O impacto do custo da Habitação, especialmente da conta de luz no orçamento das famílias mais pobres, pode explicar essa queda maior do custo de vida para a baixa renda.
Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,45% em novembro enquanto, no mês anterior, registraram alta de 0,61%. O agrupamento dos não alimentícios teve queda, de -0,55% enquanto, em outubro, havia registrado alta de 0,31%.
Goiânia é campeã da inflação no mês
Quanto aos índices regionais, todas a áreas pesquisadas mostram queda de preços de um mês para o outro, à exceção da região metropolitana de Fortaleza (0,06%) e de Goiânia (0,34%), caracterizando-se como a maior variação entre as regiões, em virtude da alta de 23,58% no tomate e de 4,34% na energia elétrica em decorrência do reajuste de 15,56% nas tarifas em vigor desde 22 de outubro. O menor índice (-0,58%) foi registrado em Brasília motivado pelas quedas de 5,35% e 5,80%, respectivamente, na gasolina e na higiene pessoal.
Variação Acumulada (%) | |||||
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Outubro | Novembro | Ano | 12 meses | ||
Goiânia | 4,15 | 0,54 | 0,34 | 2,98 | 3,47 |
Fortaleza | 5,42 | 0,53 | 0,06 | 2,54 | 3,04 |
Belém | 6,44 | 0,50 | -0,03 | 2,14 | 1,84 |
São Luís | 3,11 | 0,37 | -0,08 | 2,02 | 2,02 |
Recife | 5,88 | 0,16 | -0,08 | 2,01 | 2,48 |
Belo Horizonte | 10,60 | 0,33 | -0,10 | 3,60 | 3,73 |
Rio Branco | 0,59 | 0,50 | -0,16 | 3,15 | 3,15 |
Salvador | 8,75 | 0,44 | -0,21 | 3,05 | 3,10 |
Rio de Janeiro | 9,51 | 0,15 | -0,26 | 4,04 | 4,36 |
Curitiba | 7,29 | 0,60 | -0,34 | 3,66 | 4,10 |
Aracaju | 1,29 | 0,60 | -0,36 | 1,48 | 1,48 |
Vitória | 1,83 | 0,71 | -0,41 | 4,24 | 4,42 |
São Paulo | 24,24 | 0,31 | -0,43 | 3,53 | 3,97 |
Campo Grande | 1,64 | 0,61 | -0,43 | 2,47 | 2,49 |
Porto Alegre | 7,38 | 0,69 | -0,54 | 4,36 | 4,45 |
Brasília | 1,88 | 0,38 | -0,58 | 2,19 | 2,36 |
Brasil | 100,00 | 0,40 | -0,25 | 3,29 | 3,56 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |