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Semana terá repercussão do G-20, deflação do IPCA, petróleo, produção industrial e bolsa nos 90 mil pontos

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A primeira semana de dezembro deve começar sob o impacto da reunião do Grupo dos 20 países mais desenvolvidos encerrada sábado na Argentina. À parte do encontro, porém, o grande evento foi o acordo entre Estados Unidos e China, que deve acalmar as preocupações com uma guerra comercial que poderia reduzir o crescimento mundial de forma mais drástica. O presidente americano Donald Trump conseguiu praticamente tudo o que queria no jantar com o líder chinês Xi Jinping em troca do adiamento por 90 dias da entrada em vigor de novas alíquotas sobre US$ 200 bilhões em importações da China. E saiu da mesa com a promessa de aumento de compras de produtos americanos pelos chineses.

Ibovespa 90 mil

Os mercados internacionais devem reagir positivamente, com as bolsas e as commodities em alta. É possível, portanto, que o Índice Bovespa, que na semana passada superou temporariamente os 90 mil pontos, consolide esse nível com a melhora do cenário externo.

Opep e petróleo

Ainda no exterior, destaque para a reunião dos países produtores de petróleo na Opep na quinta-feira, dia 6, que pode definir um corte na produção para elevar os preços, depois das fortes quedas de novembro. A expectativa é com a posição da Arábia Saudita, cujo príncipe Mohammad bin Salman flanou tranquilamente pelo G-20, apesar das acusações de ter sido responsável pelo brutal assassinato de um jornalista dissidente, Jamal Khashoggi, na Embaixada do país na Turquia. Trump manteve o apoio ao príncipe, apesar da oposição internacional, o que pode render a manutenção dos preços do petróleo no médio prazo, o que interessaria o presidente americano ao permitir menor pressão sobre a inflação nos EUA e menos aumento nos juros.

Pesquisa da Indústria

No Brasil as atenções se voltam para as expectativas após a definição do cenário eleitoral e da equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro, sob comando do liberal Paulo Guedes. E cada novo indicador pode mexer com essas expectativas para a economia. Na terça-feira, o IBGE divulga a Pesquisa Mensal da Indústria (PMI) de outubro, O Banco Fator estimamos uma alta de 1,60% sobre setembro e de 2,4% em relação a outubro de 2017. Já a consultoria LCA trabalha com alta de 1,5%. Já o banco UBS estima um crescimento de 1,3% no mês.

IGP-DI e inflação oficial IPCA com deflação

Outro dado importante, o IPCA do IBGE, a inflação oficial de novembro, sairá na sexta-feira. A expectativa é que o índice, usado nas metas de inflação do Banco Central (BC) terá deflação, de 0,13% segundo o Banco Fator, o que levaria a taxa em 12 meses para 4,13%. O UBS estima queda de 0,10%, com alimentos e combustíveis em baixa e o núcleo (excluindo os dois itens) estável entre 3% e 3,5% ao ano.

Também na sexta-feira, outro indicador importante de inflação, o Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getulio Vargas, trará dados a respeito dos preços também no atacado em novembro. A LCA Consultores trabalha com a expectativa de deflação também no IGP-DI, de 0,65% em novembro e inflação de 8,91% em 12 meses.

Emprego nos EUA e dados da Europa

Nos Estados Unidos, serão divulgados os indicadores do mercado de trabalho de novembro, que sempre mexem com os mercados pois podem indicar uma tendência de aquecimento da economia e da inflação, o que preocupa o Federal Reserve (Fed, banco central americano). Na quarta-feira, a consultoria ADP publicará a variação do emprego no setor Privado e, na sexta-feira, o Departamento do Trabalho e Estatísticas divulga o “payroll”, com dados de emprego e renda dos setores público e privado.  Na Europa, saem dados do PIB da região, além dos índices dos gerentes de compras (PMI) da manufatura e serviços, além dos preços ao produtor (PPI) e pedidos às fábricas e produção industrial.

Brexit pode complicar

O resultado positivo do jantar entre Trump e Xi Jinping, pago pelo chinês, deve ditar o humor dos investidores, diz Álvaro Bandeira, estrategista da corretora ModalMais. Ele lembra que ainda há os problemas relacionados com o a saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit. O Parlamento britânico pode rejeitar a proposta elaborada pela primeira-ministra Theresa May e a União Europeia, e que trouxe um custo alto para os britânicos. Uma rejeição teria um impacto muito negativo uma vez que a União Europeia já disse que o tempo de negociar já acabou, ou seja, não existe proposta alternativa. Theresa May também já alertou que não há tempo para outro plebiscito até 29 de março de 2019, quando o Brexit ocorre, e o fracasso do acordo seria ainda mais custoso e complicado para o Reino Unido.

De olho nos passos de Bolsonaro

No Brasil, Bandeira diz que os investidores, agora que a equipe está quase toda formada, vão avaliar quais serão as prioridades do governo de Jair Bolsonaro, qual a celeridade que pretendem imprimir nas reformas e como ficará sua base de apoio, principalmente depois do preenchimento dos cargos, ainda sem o histórico “toma lá, dá cá” de nossa política. “Por isso intuímos que vamos continuar com grande volatilidade nos mercados de risco (Brasil e exterior), mas a tendência primária, na nossa visão, ainda é de precificação positiva dos ativos”, diz o estrategista.

Estrangeiros fora da bolsa brasileira

Segundo ele, “precisamos passar e manter patamar acima de 90.000 pontos do Ibovespa, mas necessitamos do concurso dos investidores externos alocando recursos novamente, fazendo crescer a demanda”, diz Bandeira, acrescentando que, por enquanto, a alta da Bovespa está sendo feita pelos investidores locais.

Bandeira se refere ao saldo de investidores estrangeiros na Bovespa. Até dia 28, os estrangeiros retiraram R$ 3,757 bilhões da bolsa brasileira neste mês, elevando para R$ 9,666 bilhões a saída líquida no ano.

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