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Telefônica Brasil vê sinais de retomada da economia, mantém estratégia para 2019

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A Telefônica Brasil (BOV:VIVT4), que opera sob a marca Vivo no país, já vê sinais de melhora na economia, o que juntamente com a aprovação do projeto de lei que destravará os investimentos no setor deve contribuir para resultados mais positivos em 2019, disseram nesta segunda-feira executivos da companhia.

“Se tudo correr bem, e as sinalizações até agora são nesse sentido, acreditamos que será um ano positivo”, afirmou Christian Gebara, que assumirá o comando da Telefônica Brasil a partir de 1º de janeiro.

Segundo o atual presidente da empresa, Eduardo Navarro, o novo governo já se mostrou sensível às demandas do setor de telecomunicações. “Estive com o futuro ministro (da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) Marcos Pontes, fiquei muito bem impressionado”, contou Navarro, que seguirá como presidente do conselho de administração da empresa.

Os executivos, que trabalham juntos desde 2006, ressaltaram que a transição no comando estava programada e que haverá continuidade na estratégia de negócios.

“Não esperem mudanças radicais porque não é essa a ideia… Teremos continuidade com evolução constante”, explicou Gebara, que ocupava a vice-presidência de operações da operadora, uma posição que deixará de existir na nova configuração.

Além da esperada melhora de indicadores macroeconômicos relevantes para uma empresa ligada ao consumo como é o caso da Telefônica Brasil, Navarro citou ainda expectativa de aprovação no Congresso do projeto de lei 79/2016 que cria um novo marco regulatório para as telecomunicações.

“Se houver interesse, poderia ser aprovado no começo do ano que vem, o que é preciso para destravar o investimento”, disse, ressaltando que a proposta retira das atuais concessionárias de telecomunicações algumas obrigações, como a instalação de telefones públicos nas ruas.

Gebara reiterou que a meta da Telefônica Brasil é elevar as receitas, expandindo o serviço para mais cidades e mantendo liderança em telefonia móvel, além de avançar na estratégia de digitalização dos negócios.

De acordo com ele, a companhia espera chegar até o fim deste ano a mais de 3 mil cidades com a rede 4G, e mais de 1 mil com a 4.5G. Em conexão por fibra óptica, a empresa vê potencial para atender 15 milhões de residências via rede FTTH em 2020, ante 9 milhões de moradias atualmente.

O novo presidente afirmou ainda que a Telefônica Brasil vem se preparando para a tecnologia 5G, mas o lançamento não deve ocorrer antes de 2021. “Vai depender da melhor frequência disponível para 5G, de aparelhos que funcionem nesse sistema…Ainda levará de dois a três anos para começar no Brasil”, explicou.

Enquanto isso, a operadora se empenha para oferecer pacotes de serviço com maior valor agregado, trazendo parceiros como NBA, Netflix, Amazon Prime, além de oferecer benefícios para quem contrata serviços fixos e móveis.

A Telefônica Brasil também está concentrada em diversificar as operações para além de serviços de telefonia e dados. A companhia, que já oferece seguros para smartphones por meio da Zurich, agora testa um serviço de seguro para automóveis.

“Vai ter um aplicativo que acompanha o usuário quando dirige e quando não. Dependendo do número de horas, pode te dar desconto no fim do mês (no valor de seguro)… Estamos testando com funcionários. Se tudo der certo, pode ir ao ar em cerca de três meses”, comentou o novo diretor presidente, sem informar o nome do parceiro da empresa na iniciativa.

Outra ideia em análise é a oferta de microempréstimos, disse Gebara. A Telefônica Brasil já empresta dinheiro para recarga a clientes de linhas pré-pagas. “Analisamos parcerias para crédito ao cliente”, afirmou o executivo.

Questionados sobre consolidação no setor, os executivos afirmaram que a Telefônica Brasil está satisfeita com o ritmo de crescimento orgânico da companhia, embora siga atenta às movimentações no mercado.

“Em geral, a consolidação tende a ser boa para o consumidor pela questão do ganho de escala”, disse Navarro. Especificamente sobre a disputa pelo controle da operadora de telefonia celular Nextel, colocada à venda no fim de junho pela NII Holdings, ele disse “não ser prioridade” para a Telefônica Brasil.
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