Em comunicado enviado ao mercado na noite desta terça-feira, 12, a CVC Brasil (BOV:CVCB3) esclareceu que não tem nenhum tipo de relação com a empresa “Operadora e Agência de Viagens TUR”, mencionada na Operação Checkout da Polícia Federal e fruto de delação do empresário Guilherme Paulos — que não ocupa mais cargo executivo ou administrativo na companhia.
Leia um trecho da nota divulgada pela empresa:
“A Companhia reitera que a empresa citada na imprensa “CVC Turismo” (antiga denominação da Operadora e Agência de Viagens TUR) e a CVC Brasil são empresas distintas e que a referida empresa não faz parte da CVC Brasil e suas subsidiárias, que possui mais de 1.300 lojas.
Esclarecemos, ainda, que as pessoas citadas, incluindo o Sr. Guilherme Paulus, não possuem cargos executivos ou na administração da CVC Brasil Operadora e Agência de Viagens S.A.
Por fim, a Companhia manterá os acionistas e o mercado em geral informados acerca do andamento deste e de qualquer outro assunto de interesse do mercado.
Recomendação rebaixada
Após a notícia, o analista Marco Calvi, do Itaú BBA, optou por rebaixar a recomendação da empresa de turismo para market perform (desempenho em linha com o mercado) e reduziu o preço-alvo de R$ 67 para R$ 62.
Segundo ele, essa visão mais conservadora é baseada num momento operacional mais desafiador, que pode forçar a empresa a investir mais, seja por meio de financiamento próprio ao consumidor, menores preços, ou recebíveis mais altos. Calvi ainda destaca que houve uma piora gradual na dinâmica do capital de giro no principal negócio da CVC, que teve início em 2016 e acelerou até 2018.
O analista afirma que “o aumento nos dias de recebíveis e a expansão da estratégia de financiamento próprio podem ser preocupantes, embora esses dois fatores possam se tornar não recorrentes”.