Nos dois primeiros meses de 2019, a produção industrial brasileira acumulou uma leve retração de 0,2%. Já a taxa anualizada da produção industrial nacional, indicador acumulado nos últimos doze meses, ao crescer 0,5% em fevereiro de 2019, repetiu o resultado registrado no mês anterior e permaneceu com a trajetória predominantemente descendente iniciada em julho de 2018 (3,3%).
A redução de 0,2% do índice acumulado para janeiro-fevereiro de 2019, frente a igual período do ano anterior, mostrou resultados negativos em uma das quatro grandes categorias econômicas, 14 dos 26 ramos, 39 dos 79 grupos e 52,4% dos 805 produtos pesquisados.
Atividades da Indústria
Entre as atividades, indústrias extrativas (-4,4%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-12,3%) exerceram as maiores influências negativas na formação da média da indústria, pressionadas, em grande medida, pelos itens minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e óleos brutos de petróleo, na primeira; e medicamentos, na segunda. Vale destacar também as contribuições negativas assinaladas pelos ramos de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-6,5%), de máquinas e equipamentos (-3,0%), de celulose, papel e produtos de papel (-3,4%), de metalurgia (-2,1%), de produtos de madeira (-7,9%) e de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-4,2%), influenciadas, principalmente, pelos itens televisores; máquinas para o setor de celulose, rolamentos de esferas, agulhas, cilindros ou roletes para equipamentos industriais, tratores agrícolas, aparelhos de ar-condicionado de paredes e de janelas (inclusive os do tipo split system), motoniveladores, máquinas para extração ou preparação de óleo ou gordura, máquinas para colheita e bulldozers e angledozers; pastas químicas de madeira (celulose); tubos de aços com costura utilizados em oleodutos ou gasodutos, bobinas a quente de aços ao carbono não revestidos, óxido de alumínio, fio-máquina de aços ao carbono, folhas-de-flandres e zinco e ligas de zinco em formas brutas; madeira serrada, aplainada ou polida e painéis de fibras de madeira; e serviços de manutenção e reparação de estruturas flutuantes, de máquinas e equipamentos para usos industriais e de máquinas e equipamentos para prospecção e extração mineral.
Por outro lado, entre as doze atividades que apontaram ampliação na produção, as principais influências no total da indústria foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (6,7%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,8%), impulsionadas, em grande parte, pelos itens automóveis, reboques e semirreboques, caminhões e autopeças, na primeira; e óleo diesel e óleos combustíveis, na segunda. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de produtos de metal (6,6%), de bebidas (2,9%), de produtos de minerais não-metálicos (2,7%), de produtos diversos (8,3%) e de produtos alimentícios (0,4%).
Em termos de produtos, os impactos positivos mais importantes nesses ramos foram, respectivamente, construções pré-fabricadas de metal, pontes e elementos de pontes de ferro e aço, aparelhos de barbear, artefatos de alumínio e de ferro e aço para uso doméstico, recipientes de ferro e aço para transporte ou armazenagem de gases, revólveres e pistolas, cartuchos e balas, estruturas de ferro e aço em chapas ou em outras formas e caldeiras geradores de vapor; cervejas, chope e refrigerantes; ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica para pavimentação ou revestimento, cimentos “Portland”, massa de concreto para construção e elementos pré-fabricados para construção civil; isqueiros, instrumentos e aparelhos para transfusão de sangue, artigos e aparelhos para prótese dentária, armações e lentes para óculos, piscinas de plástico e placas indicadoras e sinalizadoras; e sorvetes e picolés, carnes de bovinos congeladas, carnes e miudezas de aves congeladas e bombons e chocolates em barras.
Categorias Econômicas
Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para o primeiro bimestre de 2019 mostrou menor dinamismo para bens intermediários (-0,9%), pressionada, principalmente, pelo comportamento negativo presente nos produtos associados às atividades de indústrias extrativas (-4,4%) e de produtos alimentícios (-6,1%). Por outro lado, o segmento de bens de consumo duráveis (3,7%) apontou o resultado positivo mais elevado, impulsionado, principalmente, pelo aumento na fabricação de automóveis (7,6%). Os setores produtores de bens de consumo semi e nãoduráveis (0,5%) e de bens de capital (0,1%) também assinalaram expansão no acumulado dos dois primeiros meses do ano.
Variação mensal da Produção Industrial
Em fevereiro de 2019, a produção industrial brasileira cresceu 0,7% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, eliminando, assim, a retração de 0,7% (dado revisado) observada no primeiro mês do ano. No avanço da atividade industrial na passagem de janeiro para fevereiro de 2019, três das quatro grandes categorias econômicas e 16 dos 26 ramos pesquisados mostraram expansão na produção.
Variação anual da Produção Industrial
Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, a oscilação da registrada pela indústria brasileira apontou expansão de 2,0% em fevereiro de 2019, interrompendo, dessa forma, três meses consecutivos de taxas negativas: novembro (-1,1%) e dezembro de 2018 (-3,6%) e janeiro de 2019 (-2,4%).
Pesquisa Industrial Mensal
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), produz indicadores de curto prazo relativos ao setor industrial brasileiro. Essa pesquisa avalia o comportamento da produção real mensal nas indústrias extrativa e de transformação do país. Clique aqui e confira mais detalhes sobre a produção industrial brasileira durante o mês de fevereiro de 2019.
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