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Depois de perder 0,67% em agosto, Ibovespa deve ter novo mês de instabilidade; juro deve caminhar para 5,5% em setembro

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O Índice Bovespa até tentou recuperar as perdas na última semana de agosto, com quatro pregões seguidos de alta, fechando aos 101.134 pontos, ganho de 0,61% no dia. Mesmo assim, o principal indicador das ações brasileiras terminou o mês com queda de 0,67%, acumulando 15,07% no ano e 32,37% em 12 meses.

Nem os esforços de fundos e grandes investidores para zerar as perdas na virada do mês foram suficientes para reverter a piora das expectativas durante agosto, com a guerra comercial entre Estados Unidos e China se acentuando, os sinais de desaquecimento na Europa em meio à saída do Reino Unido da União Europeia e a nova recaída da Argentina na crise econômica.

No mercado local, as turbulências políticas no Brasil, culminando com uma guerra diplomática com a França envolvendo a Amazônia e ameaçando o acordo Mercosul-União Europeia e as vendas de produtos agrícolas brasileiros no exterior, pioraram as expectativas e reduziram o impacto positivo da aprovação da reforma da Previdência. Um cenário ruim para uma economia que se recupera em ritmo extremamente lento e que não pode contar com a força da economia global.

Setembro promete pouca visibilidade e muita instabilidade

Descolada temporariamente dos fundamentos, a bolsa brasileira deve replicar em setembro a volatilidade de agosto, avalia o BB Investimentos. O quadro internacional continua com pouca visibilidade, seja pelos desdobramentos da guerra comercial entre EUA e China, pela elevação dos riscos de um “hard Brexit”, seja pela crise de confiança política na Argentina. Somado às tensões geopolíticas ao redor do globo, esses eventos corroboram as seguidas revisões negativas do crescimento global. As novas tarifas americanas sobre produtos chineses e chinesas sobre produtos americanos começaram a valer hoje, 1º de setembro, enquanto o presidente Donald Trump e autoridades chinesas manifestam pouco empenho em retomar as negociações.

Dólar sobe 8,5% em agosto

Para o banco, a valorização do dólar, que atingiu R$ 4,19 em agosto, em meio a essas turbulências, representa o maior risco para as ações no Brasil, dada sua correlação negativa com o Ibovespa e seu potencial impacto na inflação e na taxa de juros. O dólar comercial fechou a sexta-feira em R$ 4,1420, queda de 0,67%, mas nos maiores preços em quase um ano. No mês, a moeda subiu 8,46%, acumulando agora alta de 6,89% no ano e queda de 0,29% em 12 meses.

Bolsa barata, mas estrangeiro tira R$ 22,5 bi

Mas há a compensação de que para o investidor estrangeiro, a bolsa volta a ficar mais barata, com um potencial de alta de cerca de 15% ante o pico de julho, quando o índice atingiu 28.000 pontos em dólar. Desde abril, porém, os investidores estrangeiros só tem tirado dinheiro da bolsa brasileira. No dia 28 de agosto, a Bovespa registrou entrada líquida de R$ 73 milhões de investimentos estrangeiros, acumulando saída recorde de R$ 12,099 bilhões e elevando a retirada no ano para R$ 22,533 bilhões.

Resultados das empresas favoráveis e Ibovespa em 110 mil pontos

Internamente, o ambiente continua favorável, diz o banco, citando os resultados das empresas no segundo trimestre. Eles foram positivos em 60% dos casos, neutro para 30% e negativo apenas para os 10% restantes. O BB Investimentos segue com destaque para as companhias de consumo, que apresentaram crescimento de receitas, mas com ligeiro estreitamento de margens.
O banco mantém a pontuação alvo do Ibovespa para final de 2019 em 110 mil pontos, um “upside” de 7% sobre o fechamento de agosto.

Selic em 5,5% em meados de setembro

Outro fator positivo para a bolsa são os juros, que devem continuar em queda. Nos dias 17 e 18 de setembro, o Comitê de Política Monetária se reúne e deve reduzir a taxa de juros básica, hoje em 6% ao ano, para 5,5% ao ano, a menos que a situação externa piore demais a ponto de puxar o dólar muito para cima e ameaçar a inflação. O Copom estará atento também à reforma da Previdência, que deve entrar em sua reta final em setembro, com aprovação definitiva no Senado.

Com juros em baixa, a tendência é de que mais investidores procurem alternativas de investimentos, entre elas as ações.

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