A Suzano, uma das maiores produtoras de celulose e integradas de papel do mundo, anunciou nesta quarta-feira (12), os resultados consolidados do quarto trimestre de 2019 (4T19). Os dados nos períodos de comparação de 2018 (4T18 e 2018) consideram a soma simples ou média ponderada, quando aplicável, de Suzano + Fibria.
A receita líquida da Suzano no 4T19 foi de R$ 7,049 bilhões, sendo 80% gerada no mercado externo (ante 78% no 4T18 e 80% no 3T19).
Na comparação com o 4T18, a queda da receita líquida se deu principalmente pela queda do preço médio líquido da celulose em dólar americano (-36%), praticamente compensada pela elevação no volume de vendas (+35%) e pela valorização do dólar médio sobre o real de 8%.
O Ebitda Ajustado do 4T19 foi de R$ 2,465 bilhões, sendo a redução em relação ao 4T18 explicada, principalmente pelo menor preço líquido da celulose em dólar americano (-36%), parcialmente compensado por:) maior volume vendido de celulose (+40%); valorização do dólar americano médio frente ao real (+8%); entre outras.
“O ano de 2019 iniciou-se com um marco na história da Suzano com a conclusão da transação de combinação de ativos com a Fibria. Ao longo do ano, nos dedicamos a implementar os pilares que embasam o sucesso de uma empresa pós-fusão, que se refletem em capturar as sinergias estimadas, unificar a cultura organizacional e integrar processos e sistemas. Em meio a um período bastante desafiador do mercado de celulose, conseguimos encerrar 2019 não apenas como uma nova empresa, mas também já com uma única cultura e um único processo representado em um único sistema operacional”, diz a diretoria em comunicado.
No 4T19, a Companhia registrou lucro de R$ 1,175 bilhão, contra lucro de R$ 2,987 bilhões no 4T18 e prejuízo de R$ 3,460 bilhões no 3T19. A variação em relação ao 4T18 é explicada em grande parte pelo menor resultado operacional, majoritariamente explicado pelos impactos de preço da celulose, que foram parcialmente compensados pelo maior volume vendido.
“A jornada pós-fusão foi cumprida com sucesso e superada. No que se refere às sinergias, a curva de captura foi acelerada motivada pela conjuntura do mercado de celulose e o montante potencial, a ser anualmente atingido em steady state, foi aumentado de R$ 800 a 900 milhões para R$ 1,1 a 1,2 bilhão. Em paralelo, focamos em não simplesmente integrar culturas organizacionais distintas, mas sim em evoluir para uma nova cultura, com base na percepção coletiva do nosso capital humano”, diz a companhia.
Investimentos de Capital
No 4T19, os investimentos de capital (em regime caixa) totalizaram R$ 1,380 bilhões, 19% inferior ao 4T18 em decorrência, principalmente, a menores gastos com manutenção e modernização. Na comparação com o 3T19, a redução deve-se ao impacto no trimestre anterior da aquisição de ativos florestais da Duratex parcialmente compensado por maiores gastos com manutenção no 4T19 e a maiores investimentos em modernização.
Mercado de Capitais
Em 31 de dezembro de 2019, as ações da Suzano estavam cotadas em R$ 39,68/ação (SUZB3) e US$ 9,84 (SUZ). Os papéis da Companhia integram o Novo Mercado, mais alto nível de governança corporativa da B3 – Brasil, Bolsa e Balcão, e são negociados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) – Nível II.
Vendas
Neste contexto, a Suzano registrou um trimestre com recorde histórico de vendas, comercializando o volume de 2.920 mil toneladas de celulose de mercado, sendo superior em 15% ao 3T19 e 40% superior ao 4T18.
O volume total de vendas de celulose e papel no trimestre foi de 3.288 mil toneladas, um aumento de 15% e 35% ante o 3T19 e 4T18, respectivamente. Em relação ao 4T18, o aumento ocorreu em função principalmente do melhor desempenho das vendas de celulose para a Ásia. Na comparação com o trimestre anterior, a elevação das vendas ocorreu em todas as regiões.
O preço líquido médio em dólar americano da celulose comercializada pela Suzano foi de US$ 469/ton no 4T19, uma redução de US$ 59/ton (-11%) e de US$ 268/ton (-36%) frente ao 3T19 e 4T18, respectivamente. O preço médio líquido no mercado externo no 4T19 ficou em US$ 471/ton (frente a 526/ton no 3T19 e US$ 743/ton no 4T18).
O preço líquido médio em real foi de R$ 1.929/ton no 4T19, uma queda de 8% e de 31% em relação ao preço no 3T19 e 4T18, respectivamente, devido à redução dos preços em dólar.
2020
A Administração aprovou um Orçamento de Capital de R$ 4,4 bilhões, sendo R$ 3,6 milhões destinados à manutenção industrial e floresta.