As exportações de carne suína do Brasil avançaram 24,7% em fevereiro na comparação anual, atingindo volume recorde para o mês, enquanto a receita saltou 54,6% no período, disse nesta quarta-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Segundo a entidade, os embarques do produto (in natura e processado) somaram 67,4 mil toneladas no mês passado, gerando receita de 154,9 milhões de dólares.
Em comunicado, a ABPA destacou que a demanda asiática por proteínas segue forte, ressaltando que questões logísticas relacionadas à epidemia de coronavírus na China, principal compradora do produto brasileiro, não geraram impactos significativos no saldo das exportações.
“Ajustes logísticos garantiram o desembaraço das cargas no mercado chinês. O governo chinês prioriza o trânsito de alimentos”, disse o presidente da ABPA, Francisco Turra.
Na mesma nota, o diretor-executivo da associação, Ricardo Santin, acrescentou que o impacto do surto de peste suína africana na Ásia continua mantendo elevados os fluxos dos embarques, bem como os preços médios. A doença, fatal para porcos mas inofensiva para humanos, dizimou o plantel de suínos da China desde meados de 2018.
Dessa forma, em fevereiro a China elevou as compras de carne suína do Brasil em 161% na comparação com mesmo mês de 2019, adquirindo sozinha um total de 31 mil toneladas.
De acordo com números Abrafrigo, o recuo dos embarques de carne bovina em fevereiro foi de 6% no ano a ano, embora a receita tenha crescido 9%.
Por Gabriel Araujo