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Ibovespa Futuro cai mais de 6% seguindo mercado internacional; dólar fica estável

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro tem forte queda nesta quinta-feira (19) com os investidores acompanhando o pessimismo que toma conta de Wall Street em meio à pandemia de coronavírus. No mundo todo, o número de casos atingiu 220.691, com 8.957 mortes. Só a Itália registrou 475 mortes em um único dia. Por outro lado, em Hubei, província chinesa que foi o epicentro da doença, nenhum novo caso de infecção por Covid-19 foi registrado ontem, pela primeira vez desde que a pandemia começou.

Os esforços para combater o coronavírus continuaram e o Banco Central Europeu (BCE) lançou na noite de ontem um pacote de 750 bilhões de Euros para prover liquidez aos mercados. “Tempos extraordinários pedem medidas extraordinárias”, disse Christine Lagarde presidente do BCE, que era contrária a injetar dinheiro nos mercados.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou a taxa de juros básica Selic em 0,5 ponto percentual para 3,75% ao ano. Os integrantes do comitê falaram em “cautela” e disseram que “neste momento [o Banco Central] vê como adequada a manutenção da taxa Selic em seu novo patamar”, o que foi visto como um corte “hawkish”.

Às 09h39 (horário de Brasília), o índice futuro do Ibovespa com vencimento em abril caía 6,21% a 63.750 pontos, enquanto o dólar futuro para abril subia 1,85%, a R$ 5,202, enquanto o dólar comercial registrava leve variação negativa de 0,01%, a R$ 5,195 na compra e R$ 5,1972 na venda.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 dispara 152 pontos-base a 6,76%, o DI para janeiro de 2023 sobe 49 pontos-base a 7,00% e o para janeiro de 2025 dispara 29 pontos-base a 7,99%.

Conforme destaca o Credit Suisse, no geral, o comunicado divulgado após a reunião sugere que o Banco Central será mais sensível à evolução do cenário macroeconômico em suas próximas reuniões.

“No ambiente atual, o principal objetivo da autoridade monetária deve ser o de garantir a estabilidade do mercado financeiro, pois o impacto da redução da taxa de juros na atividade econômica deve ser menor do que usual e menos eficaz para compensar os efeitos negativos da crise da Covid-19”, avaliam.

Estando os mercados financeiros mais calmos, os economistas veem algum espaço para maior flexibilização da política monetária como resultado da alta probabilidade de deterioração dos indicadores de atividade econômica próximos meses.

“Como resultado, esperamos agora que o Copom reduza a Selic em mais 50 pontos base, com a taxa Selic caindo para 3,25% ao ano ano, com estabilidade da taxa de juros nesse nível até meados de 2021”, avaliam.\

Ontem, a Bolsa de Valores de Nova York informou que temporariamente vai suspender o pregão viva-voz e manter negociações apenas na via eletrônica para cumprir as medidas de segurança de evitar aglomerações.

Coronavírus: política e economia

A Câmara aprovou o decreto que reconhece calamidade pública até 31 de dezembro e permite o descumprimento da meta fiscal. Ele é base para as medidas de estímulo anunciadas pela equipe econômica. Também foi aprovada a MP 899, que permite renegociação de dívidas e também foi usada como suporte para algumas das medidas já anunciadas pelo governo. O Senado precisa votá-la na semana que vem para manter a eficácia da medida.

Já o presidente Jair Bolsonaro mudou o tom e mudou seu discurso sobre o coronavírus, reconhecendo a gravidade do momento, ressaltou ter tido apoio incondicional da Câmara e do Senado na aprovação de medidas de enfrentamento e classificou como “movimento espontâneo da população” e “expressão da democracia” o panelaço contra seu mandato que estava marcado para o fim do dia.

Vale destacar que o São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Distrito Federal registraram panelaços na noite desta quarta contra o presidente Jair Bolsonaro. Além de bater panelas, as pessoas gritavam “fora, Bolsonaro”, expondo um maior desgaste do presidente em meio à crise do coronavírus.

A expectativa é por mais impactos na economia. A Prefeitura de SP determinou o fechamento do comércio até 5 de abril, enquanto o governo do estado paulista ordenou o fechamento de todos os shoppings e academias da grande São Paulo. Em meio ao cenário de desaceleração econômica,  o JPMorgan fez a revisão mais drástica para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para este ano entre grandes bancos, passando de uma estimativa de alta de 1,6% para queda de 1% (a primeira contração anual desde 2016) e projetando uma “profunda recessão” no primeiro semestre. O Goldman Sachs também cortou sua estimativa para 2020, passando de expansão de 1,5% para queda de 0,9%.

5. Noticiário corporativo

A Lojas Renner anunciou a interrupção do funcionamento de suas lojas na Grande São Paulo a partir desta quinta, diante da pandemia do novo coronavírus. Em fato relevante, a companhia informou ainda que o horário de funcionamento de suas demais unidades será reduzido, mas não deu detalhes.

A Petrobras informou na noite de ontem que iniciou a fase vinculante para a venda dos blocos de Golfinho e Camarupim, em águas profundas na Bacia do Espírito Santo. Segundo a estatal, os interessados receberão carta-convite para participar do processo. Em outro comunicado, a petrolífera informou que adiou para 30 de abril o prazo de entrega das propostas dos interessados em comprar sua participação de 51% na Gaspetro.

Já a Tecnisa registrou prejuízo líquido de R$ 59,627 milhões no quarto trimestre de 2019, queda de 7,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os números da Braskem, Cyrela, Copasa, EzTec, Marisa e Tenda serão divulgados após o fechamento do mercado.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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