O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas subiu 52,0 pontos em março, para 167,1 pontos, maior nível da série histórica. Considerando-se a evolução em médias móveis semestrais, houve aumento de 8,4 pontos, para 120,6 pontos.
“Sob influência da pandemia de coronavírus e seu impacto devastador sobre a economia nacional, o Indicador de Incerteza da FGV bateu dois recordes neste mês. O primeiro foi o do nível mais alto da série histórica, 167,1 pontos, 30 pontos acima do recorde anterior, de setembro de 2015, período em que o país enfrentava forte recessão e logo após o Brasil perder grau de investimento, na avaliação de agências internacionais de risco. O segundo foi a maior alta mensal da série iniciada em 2000, ao superar em 18 pontos o salto de outubro de 2008, durante a crise financeira internacional. Ainda é cedo para se prever um alívio para o indicador nas próximas semanas face ao quadro indefinido quanto à evolução da doença no Brasil e ao impacto das medidas que vêm sendo anunciadas pelo Governo para atenuar os efeitos da crise”, afirma Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas da FGV IBRE
Em março, os dois componentes do Indicador de Incerteza subiram fortemente. O componente de Mídia, subiu 48,0 pontos, para 161,0 pontos, contribuindo em 41,9 pontos para o comportamento do índice geral no mês. O componente de Expectativa, subiu 46,2 pontos, para 163,5 pontos, contribuindo em 10,1 pontos para a alta da incerteza.