Refletindo o novo cenário de crise que deve se traduzir em desaceleração de originação de crédito, deterioração de inadimplência e aumento de provisões, com os resultados do 1Q20 já devendo mostrar os primeiros sinais do que está por vir, Bradesco BBI atualiza as estimativas para bancos brasileiros
Os analistas apontam que, embora Itaú Unibanco (BOV:ITUB4), Santander Brasil (BOV:SANB11) e Banco do Brasil (BOV:BBAS3) sejam bem capitalizados, líquidos e com cobertura saudável para inadimplência, a mudança de cenário pode atingir forte os lucros de curto-médio prazo, com os novos números apontando para queda de lucros de 23% a 28% em 2020, com recuperação ao nível pré crise apenas em 2022.
“Uma vez que ROEs se recuperem em 2021 e 2022, e bancos privados devem ser capazes de distribuir excesso de liquidez via maiores payouts em 2022 (100% para Itaú e 75% para Santander), vemos esses valuations como atrativos”, avaliam os analistas.
Os bancos privados devem estar mais bem posicionados nesse cenário, com Itaú sendo o top pick do Bradesco BBI com recomendação outperform e preço-alvo de R$ 35, sendo seguido pelo Santander Brasil, também com recomendação outperform e preço-alvo de R$ 39, enquanto possui recomendação neutra para o Banco do Brasil, com preço-alvo de R$35.
Considerando o preço de fechamento antes do “Moro Day”, os papéis do Itaú, Santander e Banco do Brasil tinham potencial de upside de 59.09%, 55,56% e 24,20% respectivamente.