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CM Capital inclui Marfrig, JSL e Vale na carteira de abril

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A carteira mensal da CM Capital registrou queda de 40,35% em março, até o dia 30, ante queda de 28,35% do Ibovespa. O mês foi conturbado devido aos desdobramentos da pandemia do coronavírus. Nesse contexto, todos os setores sofreram, impactando fortemente nosso portfólio, que busca a diversificação setorial.

A ação que teve menor contribuição para a queda foi a da Minerva, que, apesar de pertencer a um setor que continuará forte, com o fluxo de exportações sendo reestabelecido, está exposta ao mercado de food service (empresas que oferecem refeições, como restaurantes e bares).

Já a ação que teve maior contribuição para a queda da carteira foi a da Natura, cuja volatilidade é historicamente alta e as perspectivas não estão favoráveis. A Companhia está atravessando um momento de incorporação das operações da Avon ao redor do mundo. O que antes era a principal vantagem competitiva para a tese, hoje, com a crise impactando em cheio a Europa, sendo o velho continente um dos principais mercados da Avon, agora, se tornou um desafio.

Para abril, optamos por realizar ajustes na alocação da carteira. As ações da Minerva, Even e Natura serão substituídas pela da Marfrig, JSL e Vale.

Acreditamos que a Marfrig está melhor preparada que a Minerva para atravessar o período de crise, dentro do setor de alimentação. Também, em nossa visão, a construção civil pode ser prejudicada, com menores vendas e paralisações de obras. Por isso, substituímos Even por JSL, pensando no longo prazo e, além disso, o varejo deverá ser afetado. Portanto, optamos pela inclusão da Vale.

CarteiraCMCapitalAbril20

Ações escolhidas

1. Azul (AZUL4)

A situação gerada pela mudança abrupta na demanda de curto prazo das companhias aéreas desencadeou uma forte realização de lucros nas ações da Azul, o que levantou até questionamentos quanto a sua capacidade de sobrevivência neste cenário. Continuamos com uma visão construtiva para a empresa, apoiada em seu modelo diferenciado e na sua boa capacidade de execução, além de uma posição de caixa mais confortável do que seus principais concorrentes.

2. Bradesco (BBDC4)

O Bradesco deverá ter um bom desempenho durante a crise atual. A instituição apresenta um estoque de provisionamento de crédito elevado, acima do limite mínimo exigido pelo Banco Central, o que fará frente ao potencial aumento do nível de ativos problemáticos, devido a sua exposição mais elevada ao segmento de PMEs. Também conta com uma estrutura de capital robusta e, em meio à pandemia, deverá adotar uma postura mais conservadora para crédito, voltando a crescer principalmente no segmento de grandes empresas e clientes de melhor rating. Além disso, tem maior diversificação de receitas com parte relevante do resultado advindo de seguros.

3. JSL (JSLG4)

Apesar da restrição na circulação das pessoas, devido ao coronavírus, o transporte de bens está sendo mantido. Por esse motivo, aliado aos bons fundamentos da JSL, temos boas perspectivas para sua ação.

4. Marfrig (MRFG3)

As exportações de proteínas para a China estão sendo retomadas e a Marfrig tem o maior número de frigoríficos habilitados para exportação ao país.

5. Gerdau (GGBR4)

A regionalização diversificada da Gerdau se apresenta como um hedge natural, com a receita em dólar contribuindo em períodos de desvalorização do real. Além disso, seu principal mercado consumidor, a construção civil, deve apresentar resiliência neste período de crise. Ainda, a companhia conta com um caixa de R$ 6,3 bilhões e uma linha de crédito de R$ 4 bilhões, o que lhe concede fôlego para atravessar essa situação mesmo com o pagamento previsto de R$ 1,7 bilhão em dívida em 2020.page8image48859968

6. Vale (VALE3)

A Vale não deverá sofrer grandes impactos gerados pelo coronavírus, além de beneficiar-se da valorização do dólar e dos preços de minério mais elevados no mercado. A retomada, ainda que gradual no mercado chinês deverá mitigar os impactos da crise em termos de volumes vendidos

7. Sinqia (SQIA3)

A Sinqia é uma das empresas de nosso universo de cobertura que deverá ter o menor impacto em tempos de crise. O impacto será na postergação de receitas já contratadas de sistemas que estavam em fase de implantação. O fato de ter 40% de sua receita oriunda do setor financeiro, traz mais tranquilidade em tempos de crise. Além disso, tem caixa robusto para atravessar este período de crise, graças ao recente follow on. Alguns M&As que eram esperados após a captação de recursos no mercado, deverão ser postergados, porém, poderão até se beneficiar e uma possível renegociação do preço de aquisição.

8. Yduqs (YDUQ3)

A Yduqs é a educacional com mais capacidade de fornecer seus cursos no formato EAD. Como a duração do isolamento social em função do coronavírus ainda é incerta, as instituições de ensino foram obrigadas a colocar, inclusive, suas aulas presenciais em plataformas online e, segundo o management, a companhia está preparada para fazer isso com 100% dos seus produtos. Caso o isolamento social horizontal se estenda por um período maior, a captação de alunos no segundo semestre de 2020 será prejudicada. Porém, mantemos o entendimento de que a Yduqs será uma das menos impactadas pela crise atual.

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