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Mercados sofrem com panorama traçado pelo FMI em relação à economia global

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ÁSIA: As principais bolsas da Ásia caíram na quarta-feira, com o FMI sinalizando risco de grave recessão global.

O Fundo Monetário Internacional alertou na terça-feira que a economia global deve enfrentar a sua pior crise financeira desde a Grande Depressão da década de 1930, devido à pandemia de coronavírus. A organização sediada em Washington espera que a economia global contraia em 3% em 2020, uma perda maior que a queda de 0,1% de 2009. Anteriormente, havia havia previsto em janeiro, uma expansão global do PIB de 3,3% para este ano, momento antes que o vírus levasse governos a fecharem fábricas, proibir viagens e outras medidas para conter o coronavírus.

Na China continental, o composto de Xangai caiu 0,57%, enquanto o composto de Shenzhen caiu 0,53%. O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 1,19%.

No Japão, o Nikkei fechou 0,45% menor, em 19.550,09 pontos, enquanto o índice Topix terminou ligeiramente mais alto, em 1.434,07 pontos.

Na Austrália, o  S &P / ASX 200 caiu 0,39%, para 5.466,70 pontos. Entre as mineradoras, BHP caiu 1,1%, Fortescue Metals recuou 1,6% e Rio Tinto fechou em queda de 1,8%. A produtora de petróleo Woodside Petroleum recuou 3,7%.

No geral, o índice MSCI Asia ex-Japan caiu 0,12%.

Os mercados da Coreia do Sul permaneceram fechados na quarta-feira, enquanto o país se dirige às urnas para as eleições parlamentares.

Os preços do petróleo recuaram para o território negativo na tarde do pregão asiático, com os futuros do Brent caindo 1,79%, para $ 29,07 por barril, enquanto os futuros dos EUA caíram 0,2%, a $ 20,07 por barril.

EUROPA: As bolsas europeias tropeçam nesta quarta-feira, apesar da região começar a suspender medidas restritivas em vários países para permitir que as economias reiniciem gradualmente.

A Espanha reabriu alguns canteiros de obras e indústrias de transformação na segunda-feira. A Itália permitiu que algumas partes do país reabrissem livrarias e papelarias, bem como lojas de roupas infantis, na terça-feira. A Dinamarca deve reabrir escolas primárias e jardins de infância na quarta-feira. Enquanto isso, outros países, como o Reino Unido e a França, pretendem estender as medidas de bloqueio até o início de maio.

Pesa sobre a confiança dos investidores, a declaração do Fundo Monetário Internacional de que a economia global em 2020 provavelmente sofrerá a pior crise financeira desde a Grande Depressão deste ano, devido ao impacto da  pandemia de Covid-19.

Estendendo as perdas da abertura, o índice Stoxx Europe 600 cai mais de 2%, configurando-o para quebrar uma sequência de cinco sessões de altas. O alemão DAX 30 cai 2,07% e francês CAC 40 perde 1,95%, enquanto o índice FTSE 100 do Reino Unido recua 2,28%.

Em Londres, as mineradoras sofrem. Anglo American cai 5,7%, Antofagasta recua 3,8%, BHP perde 4% e Rio Tinto cai 3,4%. Entre as produtoras de energia, BP cai 5,4% e Royal Dutch Shell tomba 5,2%.

O governo francês está preparando um pacote de ajuda à Air France enquanto a transportadora francesa enfrenta uma queda no tráfego aéreo devido ao coronavírus.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA operam em baixa na manhã desta quarta-feira, após uma forte recuperação na sessão anterior, alimentada pelo otimismo de que o surto de coronavírus estaria melhorando nos EUA.

Os sinais de que a pandemia de coronavírus está diminuindo levaram as ações a subir nos EUA na terça-feira. O Dow subiu cerca de 560 pontos, ajudado pela Johnson & Johnson, Microsoft e Apple, que subiram 4,5%, 4,9% e 5%, respectivamente. O S&P 500 também registrou ganho significativo, subindo mais de 3%.

O Nasdaq Composite subiu 4%, liderado pela Amazon, que alcançou um recorde histórico, enquanto os investidores apostam no aumento da demanda em meio à paralisação nacional. O Nasdaq está 14% abaixo da sua alta de 52 semanas registrada em 19 de fevereiro.

Os analistas estão prevendo uma queda de aproximadamente 10% no lucro por ação das empresas do S&P 500 no primeiro trimestre e 21% no segundo trimestre.

A alta nos mercados se deve ao achatamento da curva do vírus simultaneamente em todo o país e em todo o mundo, trazendo tratativas sobre o reinício da economia. O presidente Donald Trump vem discutindo com as autoridades como reverter as recomendações federais de distanciamento social que expiram no final do mês. Os governadores dos EUA começaram a colaborar nos planos de reabrir suas economias no que provavelmente será um processo gradual para impedir que o surto de coronavírus se recupere.

As discussões seguem os sinais de que o surto possa estar se estabilizando em algumas das áreas mais atingidas, incluindo a cidade de Nova York. Na Itália, Espanha e outros lugares da Europa, onde infecções e mortes começaram a se estabilizar, o processo de reabertura de economias já está em andamento. É permitido a algumas empresas e indústrias reabrirem em um esforço calibrado que visa equilibrar a saúde pública com o bem-estar econômico de seus países.

O FMI espera contrações econômicas de 5,9% nos Estados Unidos neste ano, 7,5% nos 19 países europeus que compartilham a moeda do euro, 5,2% no Japão e 6,5% no Reino Unido. O Fundo disse que a China, onde a pandemia se originou, deve crescer 1,2% este ano, melhor do que alguns analistas do setor privado que esperavam pouco ou nenhum crescimento na segunda maior economia do mundo.

A China reabriu fábricas, lojas e outros negócios depois de declarar vitória sobre o surto, enquanto os Estados Unidos e a Europa ainda estão apertando os controles. Ainda assim, os analistas dizem que levará meses para que as indústrias chinesas retornem à produção normal e que os exportadores sejam prejudicados pela demanda global deprimida.

Na terça-feira, a divisão comercial do JPMorgan registrou um aumento de 32% na receita, para um recorde de US $ 7,2 bilhões. A temporada de balanços continuam nesta quarta-feira, com o Citigroup, o Bank of America e o Goldman Sachs informando seus números trimestrais antes do sino de abertura. A gigante da saúde UnitedHealth e Bed Bath & Beyond também divulgam ganhos trimestrais na quarta-feira.

Para o primeiro trimestre, 88 pré-anúncios de ganhos negativos foram emitidos pelas empresas que compõe o S&P 500, de acordo com a Refinitiv.

O Bank of America acaba de divulgar seus números. O banco registrou queda de 45% no lucro do primeiro trimestre e se prepara para grandes perdas com empréstimos. O banco reportou lucro de US $ 0,40 por ação, contra US $ 0,46 esperado pelos especialistas. A receita foi de US $ 22,8 bilhões e a receita líquida de juros foi de US $ 12,3 bilhões. A receita com renda fixa foi de US $ 2,7 bilhões, enquanto a relacionada com ações foi de US $ 1,7 bilhão. O banco reservou US $ 3,6 bilhões para perdas com empréstimos no trimestre.

Na agenda econômica, o dia vai ser corrido. As vendas no varejo em março devem atingir 8%, segundo a Dow Jones e serão lançadas às 9h30 da manhã na quarta-feira. No mesmo horário sairá o índice de fabricação do Empire State. Às 10h15 sairá os números da produção industrial e sua taxa de utilização. Às 11h30 sairá os números dos estoques semanais de petróleo dos EUA, enquanto às 15 horas, o Fed divulgará o panorama de como anda as suas economias no Livro Bege.

ÍNDICES FUTUROS – 8h00:
Dow: -1,47%
SP500: -1,67%
NASDAQ: -0,97%

OBSERVAÇÃO: Este  material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.

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