Teleconferência do resultado do 1T20 e efeito Coronavírus
O diretor financeiro Edison Ticle disse que o coronavírus teve reflexo sobre o volume de produção e também nas vendas no mercado interno dos países nos quais a Minerva atua.
“O efeito (dos fechamentos de plantas) está sim acontecendo. Estamos sentindo principalmente (aumento) na importação dos EUA e de países que compravam (carne) dos EUA que agora estão buscando a gente.”
Segundo Ticle, a companhia tem plantas no Brasil, Argentina e Uruguai habilitadas para vender aos norte-americanos.
Dentre os demais mercados compradores, ele destacou que a China voltou com força nas aquisições da proteína desde meados de março, após o controle parcial da crise do coronavírus no país. “Há também restrição na oferta de carne na Índia e na Austrália” que favorecem as exportações brasileiras.
“Neste contexto, vamos assistir a demanda ainda maior para a exportação no segundo trimestre, aliada à oferta restrita de carne em importantes compradores”, estimou.
Vale destacar que a China segue afetada pelo surto de peste suína africana, que dizimou parte das criações de suínos no país e tem elevado as compras de proteínas de origem animal desde o ano passado.
No mercado interno, segundo o CFO, a perspectiva é de recuo nos preços da carne bovina decorrente do recuo no poder de compra da população e da substituição por proteínas mais acessíveis, em meio à crise do coronavírus.
“A continuidade da queda de preços que já está acontecendo vai depender do tamanho do impacto que a recessão econômica vai ter sobre o consumidor”, disse.
Como foi o desempenho das ações
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