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Irani (#RANI3): presidente diz que migração para novo mercado deve ser feita em menos de seis meses

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Irani Papel e Embalagem(BOV:RANI3), terceira maior produtora de papéis para embalagens do país, já atende a boa parte dos requisitos para listagem no Novo Mercado e a migração para esse segmento da B3 deve ocorrer em prazo inferior a seis meses, disse o presidente da companhia, Sérgio Ribas, nesta quinta-feira. “O processo está bastante avançado e os esforços, voltados a fazer a migração o mais rápido possível”, afirmou.

A companhia definiu ontem à noite em R$ 4,50 o preço por ação em sua oferta subsequente, com a captação de R$ 405 milhões em colocação primária (quando os recursos vão para o caixa da empresa). A operação, restrita a investidores qualificados, teve participação de 72% de capital local e 28%, de estrangeiros.

Havia a possibilidade de o controlador, o grupo catarinense Habitasul, vender parte de sua fatia em oferta secundária, mas a opção foi por não se desfazer dos papéis neste momento, pelo preço definido, já que a migração para o Novo Mercado e a execução de um plano de expansão de R$ 1,2 bilhão tendem a trazer valorização aos papéis. No fechamento de ontem, a ação ON da Irani valia R$ 5,80.

Com o follow-on de R$ 405 milhões, a companhia passa a cumprir o índice de liquidez mínimo para listagem no Novo Mercado — o free float foi elevado a 42% e o controlador, diluído a uma posição de 58%. O próximo passo será converter as ações preferenciais em ordinárias, na proporção de um para um.

Segundo Ribas, a companhia buscava há muito tempo realizar uma nova oferta de ações para financiar parte de seu plano de crescimento e as condições de mercado finalmente se mostraram adequadas. “A empresa está em uma posição muito saudável, após a reestruturação financeira conduzida nos últimos anos, e chega sólida à operação”, disse.

Em 12 meses até março, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Irani soma R$ 230 milhões, com margem de 22%. A rentabilidade, conforme o executivo, tende a subir “de maneira importante” a partir a execução dos projetos com investimento total de cerca de R$ 1,2 bilhão, com foco em redução de custos e rentabilidade.

A Irani lutou nos últimos anos contra o endividamento elevado, contraído com a aquisição da concorrente Indústria de Papel e Papelão São Roberto, e teve de postegar projetos de modernização e expansão, que agora serão retomados. Os desembolsos de R$ 1,2 bilhão serão executados até 2025, com maior concentração até 2023.

Em Santa Catarina, a capacidade de produção de caixas de papelão ondulado será elevada em cerca de 50%. A produção de celulose, por sua vez, subirá 20% com uma nova caldeira de recuperação. “Com mais fibra virgem, vamos melhorar o mix de papel”, afirma Ribas. Em Minas Gerais, a companhia instalará uma nova unidade de papelão ondulado e fará a modernização da máquina de papel. Além disso, a Irani investirá na repotenciação de pequenas centrais hidrelétricas, o que garantirá autossuficiência energética.

De acordo com o diretor financeiro e de relações com investidores da Irani, Odivan Cargnin, a migração para o Novo Mercado abre novas possibilidades de captação de recursos, tanto de dívida quanto via equity. “Ao comprar Irani, o investidor está buscando exposição ao mercado local, com possibilidade de exportação. Não há outra empresa puramente de embalagem listada na bolsa”, afirmou.

Conforme o presidente da Irani, a epidemia de covid-19 teve algum impacto negativo nas vendas de embalagens de papel, mas os segmentos de alimentos e higiene e limpeza sustentaram o ritmo de compras. “Se 2020 repetir o que foi o segundo semestre de 2019, que foi forte, ou ficar um pouco abaixo, já é bom”, comentou.

Fonte Valor

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