A Ânima registrou lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 8,9 milhões no segundo trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 17 milhões apurado um ano antes. O indicador que surpreende positivamente é a queda na taxa de evasão de 6,7% para 6,5%. A manutenção dos alunos não foi motivada por uma política de concessão de descontos. O grupo estudantil aumentou a oferta de serviços como financiamento estudantil e seguro desemprego que ajudou a segurar os estudantes.
“Acreditamos que nosso modelo pedagógico, que já contempla há algum tempo um aprendizado híbrido, é que mais contribuiu para mantermos nossa evasão, que teve até uma redução na contramão do que vem sendo esperado pelas consultorias”, disse Marina Gelman, diretora de relações com investidores da Ânima.
Segundo André Tavares, diretor financeiro, outro fator que pesou para que o volume de cancelamentos de matrículas não aumentasse foi o perfil de alunos do grupo. Há muitos estudantes de cursos da área de saúde, que normalmente tem mais condições financeiras para se manter mesmo num cenário adverso. “Há mais resiliência nos alunos dos cursos de medicina, saúde, direito. Percebemos que a evasão é maior em cursos com tíquete menor”, disse Tavares. “Além disso, não temos cursos 100% on-line que, normalmente, são feitos por alunos que trabalham em áreas que têm sido mais atingidas pelo desemprego”, complementou.
A Ânima encerrou o trimestre com 119 mil alunos, alta de 12%, principalmente, devido às aquisições.