A Azul registrou prejuízo líquido de R$ 2,94 bilhões no segundo trimestre, com o resultado pressionado pelos efeitos da covid-19 no setor de aviação. Um ano antes, a empresa teve lucro de R$ 351,6 milhões,e m resultado fortemente afetado pelas medidas de isolamento social, além de efeito cambial.
A receita líquida caiu 85% para R$ 401,6 milhões. A maior queda foi do serviço a passageiros, cujo faturamento caiu 89%, para R$ 282,5 milhões, com menos voos sendo oferecidos. Já a receita dos serviços de cargas e da Azul Viagens caiu 8,5%, para R$ 119,1 milhões.
“O segundo trimestre de 2020 foi, sem dúvida, o mais desafiador da história da aviação”, afirmou o presidente da companhia aérea, John Rodgerson, no material de divulgação do balanço nesta quinta-feira.
A Azul revisou as estimativas de seu plano de retomada e passou a prever que, em dezembro, a oferta de voos (Ask, na sigla em inglês) seja de cerca de 60% do nível observado antes da pandemia da covid-19. Anteriormente, a companhia previa que a capacidade chegaria a 40% no fim do ano.
A empresa diz que tem adotado medidas de segurança, como medição de temperatura e uso de filtros nas aeronaves que são capazes de remover 99% das partículas transportadas no ar, inclusive o novo coronavírus.
Destaca também a criação de um serviço chamado “Tapete Azul”, no qual projetores e telas ao redor da área de embarque criam uma imagem de tapete em movimento no chão, guiando o cliente para embarcar quando seu assento é chamado. “Até o final do ano, esperamos ter esse sistema adotado em 70% dos nossos voos.”
A receita operacional por assento-quilômetro (Rask, na sigla em inglês) caiu 10,3% no segundo trimestre, para 28,79 centavos de real, enquanto o total custos e despesas operacionais (CASK, na sigla em inglês) cresceu 215%, para 87,60 centavos de real.
A empresa não incluiu nesses custos e despesas os gastos de R$ 203,6 milhões causados pela crise sanitária, compostos por indenizações, custos de acomodação de passageiros e taxas de consultoria.
Fonte Valor