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Dimed (PNVL3) 2T20: Lucro líquido de R$ 7,06 milhões

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A Dimed, dona da Panvel, divulgou ontem lucro líquido ajustado de R$ 7,06 milhões no segundo trimestre, queda de 64% ante o resultado de R$ 19,5 milhões no mesmo período do ano anterior.

Os resultados da Dimed (BOV:PNVL3) referente a suas operações do segundo trimestre de 2020, foram divulgados no dia 26/08/2020.

Ebitda ajustado – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – foi de R$ 19,26 milhões , queda de 49% na comparação anual.
A receita bruta somou R$ 662,48 milhões, queda de 3,4%.
A venda dos produtos de marca Panvel cresceu 4,8% no último trimestre, representando 6,4% do total das vendas do Varejo (crescimento de 0,4 p.p. em relação ao 2T19) e 15,5% do total das vendas de produtos de Higiene e Beleza (queda de 1 p.p. em relação ao 2T19).
Na análise semestral, que elimina os efeitos sazonais de cada trimestre, a participação de produtos de marca Panvel na venda total do Varejo no 1S20 foi de 6,7% (crescimento de 0,5 p.p. em relação ao 1S19) e a participação de produtos de marca Panvel na categoria de Higiene e Beleza ficou no 1S20 em 16,3%, mesmo patamar do 1S19. Os produtos de marca Panvel tem papel fundamental na estratégia de fidelização de clientes e de melhora de Margem Bruta do Varejo.
Os investimentos no segundo trimestre de 2020 totalizaram R$ 10,2 milhões, contra R$ 13,3 milhões no 2T19. Deste total, cabe destacar que R$ 2,8 milhões foram investidos em Tecnologia da Informação. A Companhia optou por postergar investimentos em novas lojas e em reformas durante o segundo trimestre, devido à pandemia, retomando paulatinamente os projetos a partir de junho/20.

Teleconferência

Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Antônio Napp, a Dimed vai abrir até o fim do ano 45 lojas, um recorde para a história da Panvel. A empresa já possui acordos encaminhados para inaugurar pelos menos 55 novas unidades em 2021.
Por conta da pandemia de covid-19, a Dimed postergou temporariamente a abertura de novas lojas ao longo do segundo trimestre, como forma de proteger o caixa e reduzir os custos durante o período. Com a melhora do cenário, retomou os investimentos em novas lojas no fim do segundo trimestre.

O diretor financeiro da Dimed informou que a empresa vai investir cada vez mais em lojas de modelo popular, para atender a um público de baixa renda. São unidades localizadas em periferias e alguns centros urbanos e terão uma oferta de produtos diferentes dos vendidos em unidades tradicionais, além de um trabalho maior com promoção.

“Esse é um modelo que nos permite colocar lojas em locais que se fosse o outro modelo seria visto como algo ‘alienígena’ àquele local”, disse Napp. “Não estamos abrindo um outro negócio. Nossa missão é deixar claro que a Panvel atinge todos os públicos.”

Além de lojas, a Dimed pretende inaugurar um novo centro de distribuição, localizado em São José dos Pinhais, no Paraná, em janeiro, para atender prioritariamente às operações em Santa Catarina, São Paulo e no próprio Paraná.

Assim como as lojas, os investimento no centro de distribuição foram retomados ao fim do segundo trimestre, por conta da pandemia. Napp informou que ele deve receber as primeiras mercadorias no quarto trimestre. Ele terá capacidade inicial para 200 mil unidades de produto, podendo chegar a 400 mil unidades.

Visão do mercado

Bradesco BBI

Segundo o Bradesco BBI, o resultado da Dimed foi sólido, apesar do impacto da crise. Em relatório, o banco destacou que o canal digital representou 18% da receita do trimestre, ante uma fatia de 10% no primeiro trimestre de 2020. Para o próximo trimestre, o banco espera uma normalização das vendas da companhia, assim como uma postura mais agressiva da empresa em termos de expansão.

Além disso, a empresa deve começar as operações do centro de distribuição em São José dos Pinhais (PR), o que deve trazer ganhos de eficiência. Para hoje, o BBI prevê impacto positivo nas ações da empresa. O banco reiterou o rating Outperform e o preço alvo de R$ 39. Segundo o BBI, a relação preço/lucro da empresa é de 29 vezes, desconto de 40% em relação à concorrente RD.

Safra

O coronavírus atrapalhou o desempenho da rede da farmácias Panvel no segundo trimestre, mas não o suficiente para o Banco Safra perder as esperanças nas ações da companhia, revela relatório enviado a clientes.

A corretora reafirmou a recomendação de compra da empresa, com preço-alvo de R$ 34 até o final do ano, valorização de 47%.

Para os analistas Guilherme Assis e Felipe Reboredo, que assinam o relatório, o fechamento de 46 lojas por conta da pandemia, prejudicou os números da companhia. A empresa também sofreu diminuição no tráfego e nas vendas por conta do distanciamento social.

“Além disso, o atraso no preço anual e o ajuste teve um efeito duplo no trimestre, reduzindo as vendas e as margens”, afirmaram.

Com isso, o SSS (vendas na mesma loja, em português) caiu 5% (7,9% para lojas maduras), enquanto a margem bruta do varejo diminuiu para 28,6%, 120 bps (pontos-base) abaixo do comparativo anual.

O resultado poderia ter sido pior, não fosse o aumento do e-commerce, avalia a dupla, o “ponto alto no trimestre, com pico de 17,8% das vendas no varejo”.

A equipe de análise aumentou a abertura de lojas de 50 para 65 em 2021 e de 50 para 80 lojas em 2022 e 2023. Como resultado, a empresa deve atingir 810 lojas em 2028 (contra 723 em nas estimativas anteriores).

No entanto, eles esperam que sejam inauguradas 290 lojas até 2024, visão mais conservadora em relação as 390 novas lojas anunciadas pela empresa no roadshow de oferta.

“Apesar do atraso, a empresa ainda ostenta um forte posicionamento no Sul do Brasil, particularmente em seu estado de origem do Rio Grande do Sul”, argumentam.

Os analistas também incorporaram a oferta pública de ações de 16 milhões de ações que captou R$ 480 milhões pela empresa.

 

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