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Magazine Luiza anunciou a compra de duas startups para explorar um mercado com potencial bilionário: a publicidade online.

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O Magazine Luiza (BOV:MGLU3) anunciou a compra de duas startups que posicionam a gigante de varejo para explorar um mercado com potencial bilionário: a publicidade online.
O Magazine disse que está comprando o Canaltech, um site de tecnologia com foco em reviews de gadgets, e a tecnologia e equipe de desenvolvedores da InLoco Media, o braço de publicidade da InLoco, a startup de geolocalização.

Todas as iniciativas serão reunidas numa mesma plataforma, batizada de Magalu Ads.

Os valores das aquisições não são suficientemente materiais para obrigar o disclosure.

O Canaltech adicionará seus 24 milhões de usuários únicos/mês aos 60 milhões que hoje formam a audiência das várias propriedades digitais do Magalu, incluindo os sites da Época Cosméticos, Netshoes e Zattini, aquisições recentes da companhia.

Fundado em 2012 por Felipe Szatkowsk e Domingos Hypolito Neto, dois empreendedores que também criaram o site Ultradowloads, o Canaltech já é um dos principais parceiros do programa de afiliados do Magalu: quando produz uma matéria com comparativos de produtos ou reviews, ele linka para os sites do ecommerce ganhando uma comissão pelas vendas.

Nos Estados Unidos, o BuzzFeed — site de notícias conhecido por suas listas — também faz isso e já é o quinto maior gerador de tráfego para a Amazon.

Ainda pouco desenvolvido no ecommerce brasileiro, o mercado de publicidade online movimenta bilhões de dólares entre varejistas nos EUA e China. A Amazon fatura mais de US$ 13 bi por ano com sua vertical de ads, enquanto boa parte da receita do Alibaba (cerca de US$ 30 bi) já vem de publicidade online — os dois são benchmarks para o novo negócio da Magalu.

O Mercado Livre não abre os números de sua plataforma de ads, mas a estimativa do mercado é que a companhia já fature pelo menos R$ 1 bilhão por ano com publicidade.

Em conexão com a compra da InLoco Media, o Magalu está licenciando a tecnologia de geolocalização da empresa para melhorar a oferta aos clientes. Esta tecnologia permite que um cliente Magalu passando em frente à loja de um pequeno varejista que anuncia no Magalu Ads, por exemplo, receba um push em seu celular estimulando-o a entrar na loja.

A aquisição vem uma semana depois do Magalu anunciar a compra do Hubsales, uma plataforma que permite que indústrias vendam direto para o consumidor.

O CEO Frederico Trajano disse ao Brazil Journal que o Magalu deve fazer outras aquisições nos próximos meses e está de olho tanto em startups quanto em negócios maiores. Os cinco pilares de crescimento da empresa são: marketplace, novas categorias, entregas mais rápidas, ‘magalu as a service’ (onde entram as aquisições de hoje), e superapp.

“Ano passado captamos R$ 5 bi para fazer M&A. Essa estratégia estava em stand by pela pandemia, mas agora que passamos bem pela crise vamos fazer o que prometemos.”

Questionado se o Magalu começará a reportar uma linha separada no balanço com a receita do Magalu Ads, Fred disse que não.

“Vou tentar não dar tanta visibilidade… Tem muito copycat, muita banda cover por aí no mercado,” disse rindo.

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