A Odebrecht vai abrir processo competitivo para venda da Braskem (BOV:BRKM5), maior empresa petroquímica da América Latina, para um comprador estratégico ou fazer a venda na bolsa.
A venda só poderia ocorrer depois da homologação da recuperação judicial do grupo (BOV:BRKM3) (BOV:BRKM6), concedida pela Justiça no último dia 27.
“A venda da Braskem é uma etapa relevante no atendimento aos credores, traz liquidez e valor para a Odebrecht e atende à necessidade de outros acionistas”, disse o diretor Marco Rabello ao Valor econômico.
Na tentativa anterior, em 2018, a negociação se deu com apenas um grupo, a multinacional LyondellBasell, com sede na Holanda. O processo da venda pode demorar três anos.
Hoje, o valor da Braskem na B3 é bem inferior ao do auge da negociação com a LyondellBasell – R$ 18,6 bilhões ante R$ 48 bilhões. Sem considerar o prêmio de controle que pode obter na venda, a Odebrecht levantaria R$ 7,1 bilhões agora com a venda da totalidade de sua participação. Já a Petrobras tem 36,1% do total das ações e 47% das ONs, também planeja vender suas ações em operação que poderia envolver a migração da petroquímica para o Novo Mercado, uma vez que isso poderia resultar em uma valorização de sua participação e viabilizar sua saída da companhia. A Petrobras também tem atuado para ampliar os poderes de sua fatia e promover melhorias de governança corporativa na Braskem;
Visão do mercado
Segundo Luis Sales, analista de empresas da Guide Investimentos, o Impacto é Positivo. Tanto a Odebrecht como a Petrobras desejam vender a totalidade de suas ações na companhia. De acordo com fontes do mercado, ambas as empresas vêm discutindo a migração da Braskem para o Novo Mercado da B3. Isto contribuiria para que a empresa se valorizasse, além de que facilitaria a saída da estatal. Ainda, existe a expectativa de que a companhia se transforme em corporação “pura” a partir da venda de suas duas maiores acionistas em bolsa.