Mesmo durante o auge da pandemia, a Rumo, operadora de ferrovias do grupo Cosan, registrou lucro líquido de R$ 405 milhões no 2T20, abaixo do consenso de R$ 477 milhões. O Conselho da empresa aprovou oferta pública de 235 mil ações ordinárias
Os investimentos da Rumo no segundo trimestre tiveram um aumento grande, impulsionados pelas obras na Malha Central (operação da Ferrovia Norte-Sul). O Capex (despesas em aquisição de bens de capital) cresceu 64,6% no período, chegando a R$ 722 milhões. Desse montante, R$ 163 milhões se referem às obras na ferrovia Norte-Sul.
Outro destaque foi a conclusão do Terminal de Rondonópolis, em junho, o que permitirá um aumento de cerca de 50% da capacidade. Ao todo, foram construídos três armazéns, quatro novas moegas rodoviárias, que deverão aumentar a eficiência para caminhoneiros, e uma terceira tulha ferroviária, que permitirá o carregamento de três trens simultaneamente.
A operação prevê distribuição primária de, inicialmente, 235.000.000 ações ordinárias, que poderá ser acrescida em 35% para atender eventual excesso de demanda.
Considerando o preço de fechamento da ação na quinta-feira, de 22,02 reais, a oferta pode movimentar R$ 6,99 bilhões.
A companhia de logística planeja usar os recursos para pré-pagamento de concessão e investimentos na Malha Paulista.
Bradesco, BTG Pactual, Banco do Brasil Citi, JPMorgan & Chase, Safra, Credit Suisse, Goldman Sachs, Morgan Stanley e XP serão os coordenadores da oferta.