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Tupy (TUPY3) 2T20: Prejuízo líquido de R$ 82,8 milhões

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A Tupy encerrou o 2T20 com prejuízo líquido de R$ 82,8 milhões e queda de 54% na receita líquida. Os principais clientes, das áreas de transporte e agronegócio, foram fortemente afetados nos meses de abril e maio

Os resultados da Tupy (BOV:TUPY3) referente a suas operações do segundo trimestre de 2020, foram divulgados no dia 12/08/2020.

Ebitda – lucro antes de antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ficou negativo em R$ 22,4 milhões, revertendo o saldo positivo de um ano atrás.

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Segundo a companhia, a paralisação das atividades de seus clientes por conta da pandemia resultou em uma receita líquida de R$ 644,8 milhões, queda de 54,1%. A situação resultou em uma retração de 60,7% nos volumes vendidos no período.
A Tupy destacou que, ao longo de junho, notou um retorno gradual de seus clientes no Brasil e no exterior, sendo que o volume de vendas apresentou crescimento de 74% em relação à média dos meses de abril e maio, com destaque para a recuperação dos segmentos de veículos comerciais leves no mercado externo e veículos comerciais no mercado interno.

A empresa registrou redução de 71% das vendas no segmento de transporte, infraestrutura e agricultura no mercado interno, e de 58,6% no mercado externo. No segmento de hidráulica, houve reduções de 47,4% e 66% nas vendas nos mercados interno e externo, respectivamente.

Outro fator que pesou para que a Tupy fechasse o segundo trimestre com prejuízo foi a linha financeira, com a despesa líquida subindo de R$ 6,8 milhões para R$ 25,8 milhões, por conta da desvalorização do real ante o dólar, com efeito sobre o reconhecimento de juros dos empréstimos em dólar, bem como ao reconhecimento dos juros das dívidas bancárias contratadas em março.

Além disso, a receita financeira caiu 43,7%, a R$ 11,5 milhões, com decorrente aumento da posição de caixa em reais após a captação realizada no primeiro trimestre, com impacto sobre os juros recebidos. As despesas com variações monetárias e cambiais líquidas, no valor de R$ 12,2 milhões, alta de 18 vezes, são decorrentes do resultado de operações de hedge, resultando em despesa de R$ 16,6 milhões.

No acumulado do ano, a empresa apresentou queda de 35% na receita, para R$ 1,73 bilhão; prejuízo de R$ 290,4 milhões (ante lucro de R$ 139,89 milhões) e Ebitda de R$ 93,5 milhões – queda de 68,9%.

Teleconferência

Com o pior resultado da sua história recente, um prejuízo bruto de R$ 6,7 milhões em consequência da queda de 54% na receita, a Tupy reforçou na teleconferência com analistas há pouco o esforço feito pela empresa para reduzir custos e preservar o caixa.

Segundo Fernando de Rizzo, presidente do grupo, a empresa se beneficiou de projetos de ganhos de eficiência implementados nos últimos trimestres e intensificou iniciativas de redução de custos e despesas, com impactos positivos esperados também para próximos meses.

Com a pandemia, houve paralisação de parte significativa das operações dos clientes no Brasil e no exterior, o que levou a uma retração de 69% nos volumes nos meses de abril e maio.

“Abril e maio foram os mais agudos”, disse de Rizzo. “Mas já tivemos recuperação em junho.”

O executivo e o vice-presidente financeiro, Thiago Struminski, chamaram a atenção para a retomada a partir de junho em diversos setores atendidos pela companhia, incluindo veículos comerciais leves, com vendas em níveis pré-pandemia.

“As margens da empresa estão voltando para patamares pré-crise”, disse de Rizzo, prevendo um segundo semestre de recuperação. Para ele, o ciclo de juros baixos no mundo deve manter a tendência de desvalorização do real e do peso mexicano, o que aumenta a competitividade da companhia em um momento de retomada da demanda mundial.

Na área agrícola, a Tupy prevê um movimento de reposição de máquinas nos Estados Unidos, o maior mercado para esses equipamentos, e um crescimento no Brasil.

A Tupy fechou o segundo trimestre com prejuízo de R$ 82,8 milhões. A perda operacional antes de juros, depreciação e amortização foi de R$ 22,4 milhões. Com isso, a relação dívida/Ebitda passou de 1,34 vez, no ano passado, para 2,65 vezes neste trimestre. A empresa terminou o trimestre com caixa similar com o do ano anterior.

 

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