A Netflix (NFLX) se tornou o maior serviço de streaming por assinatura do mundo ao inundar o mercado com conteúdo popular mais barato do que a concorrência.
No entanto, cinco anos depois de chegar à África, a empresa dos Estados Unidos ainda encontra obstáculos para crescer além do segmento mais rico da população, desafiada pela pobreza, pirataria e acesso limitado à banda larga. Em um continente com mais de um bilhão de pessoas, o serviço tem 1,4 milhão de assinantes, de acordo com a Digital TV Research.
O número se compara a quase 20 milhões de clientes da empresa africana de TV paga MultiChoice Group.
Agora, a Netflix acelera a marcha. A empresa testa assinaturas mais baratas e exclusivas para serviços móveis e encomenda mais programas produzidos localmente para refletir culturas e experiências de africanos no dia a dia.
A rápida expansão das redes móveis 4G oferece aos serviços de streaming um novo canal para atingir o público, desde que possam pagar.
“Para que a Netflix alcance toda a região com um preço mais alto, o mercado móvel será crucial”, disse Ben McMurray, da Ampere Analysis.
A Netflix testa se usuários comprarão o serviço exclusivo para aparelhos móveis por 1.200 nairas (US$ 2,65) por mês, bem abaixo do valor de 2.900 nairas cobrado pela assinatura mais básica. Com mais de 100 milhões de nigerianos vivendo com menos de US$ 1,90 por dia, ainda pode ser um exagero.
A oferta ainda é mais cara do que o equivalente a 250 nairas por mês cobrados pela Iroko, uma plataforma de streaming que tem o maior catálogo online de conteúdo de ‘Nollywood’ nigeriano, como a comédia de sucesso “Jenifa’s Diary”.
“Queremos contar histórias incríveis adaptadas a diferentes idiomas, gostos e humores diferentes”, disse um porta-voz da Netflix em respostas por e-mail às perguntas. “Sabemos o quanto é importante ter um quadro que ofereça diversidade e variedade.”