O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, está avançando com a legislação comercial, apesar do alerta de Bruxelas de que isso poderia arruinar seu relacionamento futuro e do reconhecimento de seu governo de que isso viola o direito internacional.
A Lei do Mercado Interno visa garantir que as quatro nações da Grã-Bretanha possam negociar livremente entre si depois de deixar a União Europeia, mas o governo diz que isso exige a criação de poderes para anular parte do tratado de retirada que assinou com Bruxelas.
POR QUE A GRÃ-BRETANHA QUER PODERES PARA REBENTAR TRATADOS?
O governo afirma que os poderes são uma rede de segurança para proteger a paz na Irlanda do Norte se as negociações com a UE sobre como administrar o comércio transfronteiriço fracassarem.
A UE quer garantir que a fronteira aberta com a Irlanda não funcione como uma porta dos fundos para o bloco de mercadorias. A Grã-Bretanha quer garantir que as mercadorias fluam livremente entre a Irlanda do Norte e o resto do Reino Unido.
O QUE ACONTECE DEPOIS?
O projeto de lei deve passar por ambas as casas do parlamento britânico para se tornar lei – primeiro a Câmara dos Comuns, onde o Partido Conservador de Johnson tem uma maioria de 80 assentos, e depois a Câmara dos Lordes, a câmara alta, onde não tem uma maioria.