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Preços ao consumidor na zona do euro caíram em agosto

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Os preços ao consumidor na zona do euro caíram em agosto, contra expectativa do mercado de leve alta, pressionados pelo forte recuo nos custos da energia, informou a agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, em estimativa preliminar.

A Eurostat informou que os preços ao consumidor nos 19 países que usam o euro caíram 0,4% em agosto sobre o mês anterior e recuaram 0,2% na comparação anual.

Economistas consultados pela Reuters esperavam alta de 0,2% em agosto sobre o ano anterior. A última vez que os preços caíram na base anual na zona do euro foi em maio de 2016.

 Os preços da energia despencaram 7,8% em agosto sobre o ano anterior após queda de 8,4% em julho. Os preços de bens não industriais também caíram, a uma taxa de 0,1% após alta de 1,6% em julho.

Produção da indústria da Zona do Euro permanece forte

A atividade industrial da zona do euro permaneceu em trajetória de recuperação no mês passado, mostrou nesta terça-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), mas os gerentes das fábricas estão cautelosos em investir e contratar trabalhadores diante da pandemia de coronavírus.

PMI final de indústria do IHS Markit caiu a 51,7 em agosto de 51,8 em julho, em linha com o dado preliminar e acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.

O subíndice de produção subiu a 55,6 de 55,3, pouco abaixo da preliminar de 55,7 mas no nível mais alto desde abril de 2018.

“A produção industrial da zona do euro subiu com força de novo em agosto, fornecendo mais evidências encorajadoras de que irá se recuperar no terceiro trimestre após o colapso visto no ápice da pandemia de Covid-19 no segundo trimestre”, disse Chris Williamson, economista-chefe do IHS Markit.

Apesar do otimismo na máxima de dois anos, as fábricas reduziram o número de funcionários e encomendaram menos matéria-prima. O subíndice de emprego permanece abaixo da marca de 50 ao registrar 44,2, de 42,9 em julho.

Alemanha vê recuperação da economia em 2020 mais rápida do que o esperado

Alemanha espera que a devastação econômica causada pela pandemia de Covid-19 seja menos severa em 2020 do que o inicialmente previsto, mas a lenta demanda externa provavelmente enfraquecerá a recuperação da maior economia da Europa no próximo ano.

Apresentando as previsões atualizadas do governo nesta terça-feira, o ministro da Economia alemão, Peter Altmaier, disse que uma forte resposta estatal estava ajudando a alimentar a recuperação mais rápida do que o esperado diante do choque do coronavírus.

“A recessão no primeiro semestre do ano acabou sendo menos severa do que temíamos”, disse Altmaier a repórteres, acrescentando que o pior já passou para a economia.

“No geral, podemos dizer que, pelo menos por agora estamos lidando com um progresso em forma de V”, disse Altmaier. Ele acrescentou que não espera que as autoridades imponham outra rodada de medidas de bloqueio como em março e abril.

Confirmando uma notícia anterior da Reuters, Altmaier disse que Berlim revisou para cima sua previsão de 2020 para um declínio econômico de 5,8%, ante estimativa anterior de contração de 6,3%.

Isso ainda representaria a maior crise econômica desde a Segunda Guerra Mundial. A economia alemã recuou 5,7% em 2009 devido à crise financeira global.

Para 2021, o governo revisou para baixo sua projeção de crescimento para 4,4%, ante a estimativa anterior de salto de 5,2%. Isso significa que a economia não alcançará seu tamanho pré-pandemia antes do início de 2022, disse Altmaier.

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