A Havan desistiu de sua oferta pública inicial de ações (IPO) na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). A rede varejista tinha como intuito fazer sua estreia avaliada em cerca de R$ 70 bilhões. O mercado, entretanto, diminuiu esta avaliação e ficou disposto a pagar entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões. As informações são da “Exame”.
A oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da Havan foi avaliada com potencial de chegar em R$ 100 bilhões por pessoas próximas à empresa. Isso equivaleria a um múltiplo de 130 vezes o lucro líquido de 756 milhões de reais registrado em 2019. A companhia tinha como objetivo utilizar os recursos líquidos obtidos através da oferta primária (considerando as ações adicionais e ações suplementares) em investimentos na expansão de lojas e do centro de distribuição, além da abertura de novas lojas e incremento do suporte do crescimento orgânico. Ademais, a Havan iria realizar aportes na área de tecnologia e reforçar o capital de giro.
Além do desempenho da empresa estar pior este ano com a pandemia, Hang também se envolveu em diversas polêmicas do governo de Jair Bolsonaro. Ele ainda é investigado pela Justiça pelo disparo ilegal de “fake news” durante as eleições de 2018 e alvo do Ministério do Trabalho por tentativa de coação dos funcionários durante esse período.
A oferta inicial de ações da Havan, que foi protocolada em agosto na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), tinha como coordenadores as seguintes instituições:
- Banco Itaú BBA S.A. (Coordenador Líder);
- XP Investimentos Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários S.A;
- Banco BTG Pactual S.A.;
- Banco Morgan Stanley S.A.;
- Bank of America Merrill Lynch Banco Múltiplo S.A.;
- Banco Bradesco BBI S.A.;
- Banco Safra;
- Banco Santander S.A